quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma dama que leva seu coração para caminhar pelas ruas
Ela quer brilhar no céu, você não vê?
Estrelas brilham de noite, já percebeu?
Porque ela te mostra o céu e você não olha
O que você consegue enxergar com seus olhos e seus olhares?
Olhares também enganam e ela sabe
Há muito mais por trás da maquiagem
Ela quer conquistar o mundo. Não tente impedir.
Ela quer encontrar a vida de um ponto de partida, mas acabou de chegar
Tem alguém aí?
Ela aparece sorrindo e te leva pra outro mundo
Ou foge se o coração ficar mudo
Nunca se sabe o que se passa no coração de uma mulher
Que mesmo forte chora feito menina e pede socorro:
"Me tira daqui!"
...embora ela saiba o caminho de volta.
*
*
BeijOs MágicOs
Tati

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Ilusionismo real

Dia desses ouvi uma teoria, num programa de rádio, vinda da seguinte frase: “A mentira não está com os homens, e sim, entre os homens”, significando que entre verdades há ilusões. Boa teoria, confesso. Sempre fui a favor da verdade, mesmo que ela doa e altere meu humor temporariamente. Mas aprendi que depois, isso tudo passa – a dor e o rancor. Ruim é quando a ilusão não vai embora. Quando a vontade de ser feliz não volta. E péssimo é quando todas essas ilusões começam se refletir em mentiras íntimas. Aqueles argumentos batidos e ultrapassados que insistimos em alimentar para nos sentirmos bem com algo que não existe. Até que vem alguém e te dá um tapa na cara cheio de verdades, com uma realidade que você nunca tinha sentido antes. Eu disse que iria doer, não disse? Mas não chore, agradeça. Isso mesmo. Eu agradeço a todas as pessoas das quais não me enganaram, mesmo que não tenham dito a verdade propriamente dita. Agradeço á todas as pessoas das quais não me prometeram nada sabendo que não iriam cumprir. E digo mais, eu não preciso de muita ajuda para ilusões. Costumo fazer isso sozinha, por mais que eu tente controlar, por mais que eu tente fugir dos pensamentos. Talvez não seja ilusão, seja esperança ou, quem sabe, sonhos. Mas aprendi a diferenciar. A esperança fica. Sonhos tornam-se reais. A ilusão vai embora. A ilusão de que ele vai querer algo sério com você. A ilusão de que você vai emagrecer naturalmente. A ilusão de que você vai ganhar dinheiro sem esforços. Tudo isso passa, mesmo que demore, mas passa. Porque ele nunca te liga e quer te ver uma vez a cada dois meses. Porque você não controla a alimentação e não faz atividade física. Porque você não manda nenhum currículo e ainda está desempregado. Não culpe os outros por isso. Aceite que entre suas verdades há ilusões. Eu tenho muitas, todos têm. E elas nascem de dentro da gente – ás vezes sem que a gente perceba. Se são plantadas por alguém já vira outra história. Depois de aceitá-las fica muito mais fácil de livrar delas, acredite. Por isso vou fechar esse post com uma teoria da Fernanda Mello: “O que negamos também faz parte de nós!”.
BeijOs Mágicos...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Semana passada iniciei (e já acabei também rs) a leitura de um livro sobre comportamentos femininos diante de relacionamentos amorosos e homens, em geral. “Coisas que toda mulher inteligente deve saber” uma espécie de manual que sacode nossos corpos com um grito: “acorda pra vida, minha filha. Acorda pra sua vida!”. Uma espécie de manual. Sei que a idéia parece ridícula. Mas vai me dizer que você nunca implorou que um manual de instruções caísse do céu para que você aprendesse a lidar com o amor e com os tão complexos seres humanos. Esses manuais até existem, não caem do céu e ficam nas prateleiras das livrarias. Compre, leia e tire suas próprias conclusões. Ou não faça nada disso. Sabe por quê? Porque difícil não é lidar com coisas externas (amor em livro parece objeto). Difícil mesmo é entender a gente. Entender a vida real, cheia de detalhes e contra-tempos. Mas a pergunta é: “Você quer mesmo entender?”. Saber, alimentar conhecimento são uma coisa, mas entender é completamente outra. Não quero ter uma vida baseada em histórias alheias. Baseada em conselhos de quem nunca vi e não tenho intimidade alguma (como se seguisse todos os conselhos dos meus pais e das minhas amigas, mas isso é outra história). A verdade é que eu até tento, mas não consigo. Na maioria das vezes tenho que ver com os próprios olhos para acreditar, pagar pra ver, quebrar com a cara, mas e daí? Arriscar não está na lista dos pecados capitais. E quem se importa com pecados capitais? Cada um se vira com os seus e pronto, contanto que exerçam os verbos assumir e perdoar. E eu sou assim. Sei que cometer os mesmos erros é burrice, é loucura, mas não me importo com erros novos. Gosto de novidade (boa novidade). Deixo pra me importar depois (li em algum lugar que não devemos sofrer por antecedência e resolvi adotar a estratégia, embora, ás vezes, seja incontrolável). E desejo não me importar tanto - contanto se for tentando acertar. Acertar um alvo de olhos fechados necessita de muito treino e sorte. Por isso, por enquanto, mantenho meus olhos abertos. Bem abertos. Mas isso também não me impede de errar o alvo.
Beijos em alvo enviados por flechas magicas!
Tati

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Vamos brincar? Vamos lá, hoje sou eu quem aperto o ‘start’. Começo te levando pro carrinho bate-bate, pra te ignorar, desviando minha direção. Ou te procurar, te seguir e fazer que você me perceba quando eu bem entender. Depois te coloco na xícara e te faço girar, girar, girar. Até fazer você perceber que ficou tonto e já não sabe o que fazer. Te levo pra algum brinquedo que lhe deixe de cabeça pra baixo, que te faça sentir o vento e erguer os braços. Você se rende. E eu te deixo cansado de tanta diversão. Ao fim do dia, te aponto o pôr do sol. Você fica confuso ao vê-lo partir. Quanto tempo temos? O suficiente – eu respondo. E você não enxerga mais nada. Porque amanhã é outro dia e não temos garantia nenhuma. Não temos segredos, planos e preferências. O que você acha disso? Ruim não é? (já até me acostumei com seu silêncio imprevisível) Mas só estou te mostrando o tipo de diversão que você inventou. E estou começando a gostar de não pensar que poderia ser diferente. Temos apenas um passaporte pra ficar nessa brincadeira de mentir pouco e não enganar. De sorrir e saber o que falar. Tudo muito clichê, que dá certo, enquanto existe. Quando você lembra de mim e eu de você. Como diz uma frase de Martha Medeiros: “Tenho juízo, mas não faço tudo certo, toda paraíso precisa de um pouco de inferno”. Quer conhecer meu paraíso? Assuma também meu inferno e seja bem vindo.

(...Me leve para parques de diversões todos os dias, não apenas por um. E eu até topo ir na montanha-russa com você. Eu não me importo de subir e descer nesse caminho que parece não ter fim, se depois você me levar pro splash pra eu me sentir leve!)
BEIJOS MÁGICOS E DIVERTIDOS...
Tatii

terça-feira, 8 de julho de 2008

"Existe mesmo essa vida. Ou inventei, pra me distrair?"

Não sei se vocês têm reparado, mas minhas postagens ultimamente têm sido sobre amor. (Mas o que não é amor nessa vida? - tirando as notícias do jornal e a realidade dura lá fora). Sabe o que é? To me descobrindo. Me reinventando. Aproveitando e brincando de ciranda com meus dias claros, raros e únicos. Tão bom isso. O amor próprio. Aquele clichê que - sinto em dizer - é pura verdade. Mais que isso... totalmente necessário. Gostaria que você experimentasse também. Sentisse o gosto com a ponta da língua. Com a luz dos olhos. E com o toque. Toque, toque, toque... Sim, eu espero alguém bater em minha porta e dizer: "Posso entrar? Pra ficar!". Eu espero. Mas aproveito o que podemos chamar de 'antes disso'. Não disperdíço mesmo. Nem por mim. Nem por você. Nem por ninguém. A ilusão tem passado longe. Estou aprendendo a resistir. Os sonhos nunca passam. Eu os levo comigo. São meus. Apenas. Porque eu também tenho direito de exercer meu egoísmo, sem facas e canivetes. Tenho direito de exercer as minhas vontades... De não ir, não ligar para o que você diz, de não te iludir, não me iludir, de sair sozinha num dia ensolarado, de comer doce na praça, de ver filme esparramada no sofá, de não arrumar o quarto, de rir da minha cara, de ficar um tempão no telefone jogando conversa fora, apesar de eu não gostar deles. São meus direitos bobos. Os melhores direitos do mundo. Aquele que eu encontro quando menos espero. Ou melhor, quando não espero nada. Quando eu não cobro nada de mim ou de quem quer que seja. Assim eu vejo que o mundo não está invertido. Que eu não estou de cabeça para baixo. Que todos nós temos probleminhas, dilemas e acasos. E quem se importa? Prefiro substituir palavras: Importar por exportar. Isso mesmo. Por pra fora: riscos, rabiscos, caras, bocas e sorrisos. Mudar o foco. Qual é a graça de comprar um binóculo para enxergar as mesmas coisas? Qual é a graça? Porque eu quero todas possíveis. Quero tanto. Quero pouco. Mas eu quero... Priorizar o meu ser - tão flexível - pra quando a campainha tocar. Dim Dom, alguém em casa? Minha casa é do tamanho dos meus pensamentos. E eu não quero saber onde estou. Se você me encontrar - modesta parte - sorte sua, sorte minha. Sorte.

Beijos inspirados e mais que mágicos...
Tati

domingo, 6 de julho de 2008

"Os OPOSTOS se distraem e os DISPOSTOS se atraem"

"Tem hora que a gente se pergunta por que é que não se junta tudo numa coisa só?"
(O Teatro Mágico)

Eu não entendo a razão das pessoas se acomodarem tanto no tempo. De ficar esperando a hora certa para tudo. De deixar com que dias após dias se encarreguem do passado, do presente e do futuro. De alguma forma o tempo nos leva, eu sei. Leva aquela inocência de criança, a brincadeira da ciranda, a facilidade de lidar com coisas novas, a falta de medo de se machucar. Leva tanta coisa, trazendo outras. Num ciclo inevitável que por bem ou mal nos faz crescer. Mas vou te contar um segredo... As pernas do tempo é o nosso coração. As pernas, os olhos e as mãos. Então se o caminho tiver coração, o medo já não me importa tanto e eu vou. Eu vou, levando o tempo comigo, mesmo sem saber onde vou parar. E eu vou, feliz! Mas se o caminho não exercer motivação necessária para que minhas pernas se locomovam sozinhas, eu deixo o tempo me levar. Será que você entende o que eu quero dizer? Porque se você me disser: “Deixe que o tempo se encarregue de tudo. Vamos ver no que vai dar...”. Posso pensar que você não quer se dar o trabalho de encarregar-se de nada. E ver o que vai dar seria apenas uma opção. Faz sentido, não faz? Não é questão de pressa, ou coisa assim. É questão de dar valor as nossas próprias pernas e aos ponteiros do nosso coração. Uma vez minha mãe disse que tudo que dá certo, dá certo desde o começo. E se dá certo, a gente nem se lembra do tempo. E nisso, ela tinha toda razão.
...Todo o sentido da emoção.


"...Pra que se preocupar
Se tudo já passou
Tudo vai ficar
Como começou
É fácil notar
Que a gente cresceu
E se é pra gente ficar feliz
Que seja assim
Sem brilho, sem juízo
Sem fórmulas, sem regras, sem dor
Amor, vamos viver de amor e mais nada
Amor, só se encontra uma vez na estrada..."
(E Mais Nada - Wilson Sideral)

BeijOs sem fórmulas, sem regras, sem dor...
Dias mágicos - de paz - pra todos nós!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Coração na mala. Qual é a estação?

Semana passada meu espelho estava embaçado. E o problema não era com ele, com ela, com você. Era comigo. Cheguei a dizer que estava exausta de ver pessoas chegando e partindo da minha visa sem avisar. E uma amiga me disse: "...olha o drama!". Quer saber? Ela tinha toda a razão. Pois meu drama consistia em esperar o trem na estação errada. Eu poderia ficar alí esperando por horas, dia e noite, com a mala nas mãos e o coração a boca. Pronta para embarcar num destino seguro. Pessoas iam e vinham, cada um com seu destino, com sua bagagem. E meu trem não chegava. Onde ele estava? (Onde ele está? - porque eu ainda não sei). Mas onde EU estava? Depois de perceber que nenhum vagão correspondia ás minhas cores. E que aquele barulho era pequeno demais para levar meus pensamentos... Olhei o bilhete e descobri que não era assim, não era ali. Não daquele jeito, não naquele vagão. Não naquele trem. Peguei minhas coisas (corpo, alma, olhos, boca e coração) e parti - de volta - para dentro de mim (meu eterno ponto de partida). Até encontrar a estação certa para embarcar e seguir viagem.

Ps: Ter ficado na estação não foi tão ruim... Aprendi coisas novas; comecei a trabalhar; retomei a minha essência na dança; ganhei amigos internautas e conversas saborosas... Eu só não embarquei no trem, mas ter visto o sol brilhar diversas vezes enquanto estava na estação, valeu a pena!

BeijOs viajantes e mágicos!!!
***