sábado, 27 de dezembro de 2008

Adeus. ...

Pra mim, o único final, aquele que acaba mesmo é a morte. O resto, meu bem, é lucro. Se acabou é porque é preciso mudar - de estratégia, de rumo, de assunto, de par... - é porque, na verdade, é preciso continuar! Um adeus é muito mais que um aceno com as mãos, que um abraço que parece ser o último, e que a vontade de chorar por saudade antecipada. Dar adeus é abandonar conceitos antigos que nunca foram seus e seguir um caminho próprio.
Ontem bateu vontade de dizer adeus pra muitas coisas que se abrigam em mim, ou melhor, deixá-las pra trás enquanto eu viajo em novos sonhos. A despedida é a parte mais difícil, eu sei, mas depois a gente de vira, revira e vai de uma vez por todas.
Quando nascemos somos extremamente dependentes e influenciáveis, e quando crescemos continuamos iguais. Eu tentava me enganar, dizendo pra mim mesma que era livre. Bobagem. Acredite você que eu nunca assisti o filme 007 porque meu pai disse que não gostava desse filme, e eu decidi que também não gostava mesmo sem ter visto. Mais uma vez eu digo... é bobagem! Mas quantas bobagens alimentamos durante anos dentro de nós? Quem você realmete é? Do que você realmente gosta? O que você realmente quer? Entra ano, sai ano, e com tantos reveillons fazemos, quase sempre, os mesmos pedidos... Um namorado - pois todas suas amigas têm; Dinheiro - pra comprar o que seus amigos têm; Emagrecer - porque todas suas amigas são lindas; Saúde - bom, saúde tudo bem, é preciso!
Eu digo adeus ao que nunca me pertenceu de verdade, ás coisas que foram implantadas em mim e ficaram lá como se eu tivesse a obrigação de carregá-las para o resto da vida. Não. É preciso dizer não, basta, adeus, tchau, bye bye sem medo... Pois todo fim é um novo começo! E cada começo depende de apenas uma decisão: deixar pra trás o que não serve mais.
Não é reflexão de fim de ano, objetivos de listinha pro ano que vem... nada disso. É um adeus com sorriso no rosto e com os braços abertos - livres - pra abraçar o resto do mundo.
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Ps: Um 2009 repleto de realizações, adeus necessários e começos maravilhosos para todos nós!
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BeijOs MágicOs!
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A outra parte do que se tenta completar...
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Caralho! Desculpe o palavrão, ou melhor, não desculpe porra nenhuma. Ature a minha liberdade de ser - a outra parte do meu inteiro. A verdade é que tive um ano maravilhoso até domingo agora, esse que já passou. Mas desde segunda-feira há coisas quem tem me irritado profundamente.
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A minha vidinha amorosa, por exemplo. "É querida Tatiana, não foi dessa vez, nem daquela, e nem daquela outra". Pois é, simplesmente não foi. Todas as tampas da minha panela vieram com defeitos de fábrica. É cada coisa que aparece no meu caminho, que se eu fosse contar á vocês daria um livro de comédia dramática pouco romântica. Como diria uma amiga, em vez de usar calcinha vermelha na virada do ano, vamos usar calcinha verde de ESPERANÇA, afinal, ela é ultima que morre - com a experiência, é claro. E infelizmente nós mulheres acreditamos que a cor da calcinha irá influenciar em alguma coisa no ano que virá. O ano vem e com um motivinho inútil você já fala: "Viu, a calcinha deu sorte!". Sorte merda nenhuma. Com os homens, esse pedaço de pano colorido só dá certo se você tirar.
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Outra coisa que me deixa de mau humor é a falta de espírito de Natal... Semana passada estava dentro do ônibus no trânsito de São Paulo (e só por isso já estava fudida) quando vi um Papai Noel dando UMA (1) bala pra uma criança, em frente a uma loja. Dá pra acreditar?! Como uma criança vai continuar acreditando em Papai Noel recebendo apenas UMA bala! Por isso que há tanto marginalzinho no mundo... Ser bonzinho pra quê? Pra ganhar uma bala?
Sem contar que o Natal só existe para o aumento do consumismo fútil. Porque, na verdade, quase ninguém exerce bondade nessa época. E não vou dar presente pra você, porque você nunca me deu presente e pronto. É um querendo ter o Peru melhor do que do outro todos os anos, mesmo reclamando que preço está alto. É uma gula acima do normal. Você passa o ano inteiro querendo caber num vestido bonito, para depois do dia 25 não caber mais nele, após ter experimentado todas, exatamente todas, as sobremesas que sua mãe e suas tias fizeram (E se você tem diabete, você certamente se fudeu!). É um show de tristeza quando alguém lembra das pessoas que não estam mais entre nós - coisa (com todo respeito) pra ser feita em dia de finados - e começa a contagiar as outras pessoas da 'festa'. Mas depois da meia-noite rola os cumprimentos de 'FELIZ Natal' pra disfarçar o clima. Deixo claro, que apesar de tudo isso, da multidão na 25 de março, nos shoppings e nos mercados nessa época do ano, eu adoro Natal!
Mas hoje o que me deixou triste (bem triste, e não brava como nas situações acima) foi ter acordado ás 6:00 am pra fazer meu exame prático de direção, ter chegado ás 16:00 em casa reprovada! Puta Merda! Eu sei que a culpa foi minha, eu errei, passei direito com essa minha pressa ridícula, mas queria me dar isso de presente de natal, apesar de ser o meu Papai Real quem está bancando. Pra ele sim, eu devo desculpas.
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Eu sei, você deve estar pensando "Que pessimismo é esse!?". Logo eu que sou até irritante ao enxergar o lado bom de tudo. Mas hoje eu não resisti e decidi chutar o pau da barraca mesmo... e começar a me preparar para o trânsito de fim de ano. Me responde uma só coisa: "Por que algumas pessoas decidem começar o ano com a cara, o estômago e tudo que têm direito cheios de álcool? Por que as pessoas têm que pular as sete ondas ao invés de pular sete cercas? Isso mesmo pessoal. Aposto que você aí vai para praia (ôÔôôÔ...) Sinto informar que eu também! E vamos enfrentar um trânsito infernal na estrada!! Boa sorte pra nós!
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* BeijOs mágicos *

domingo, 14 de dezembro de 2008

A POESIA DO SUCESSO
Quem me conhece sabe que ao gosto mesmo é do que é VIVO, e eu não estou falando no celular. Tenho necessidade de SENTIR - mesmo que for um frio na espinha, a chuva molhando o meu rosto, ou um abraço apertado...
Hoje tive oportunidade de ir ao show do Paralamas do Sucesso no Sesc Itaquera. Um dia adorável, num lugar lindo, com música boa e poesia por todos os lados, pra quem não tem medo de ser feliz - Talvez o segredo do sucesso, se é que existe segredo. Ás vezes, a poesia por sí só já basta.
E nesse clima meio hippie de paz, amor e violão, deixo vocês com alguns versos lindos da banda:

A PALAVRA CERTA
"Atravesso a noite com um verso
Que não se resolve
Na outra mão as flores como se
Flores bastassem
Eu espero...
E espero...
Não funcionam luzes, telefones
Nada se resolve
Trens parados, carros enguiçados
Aviões no pátio esperam
E esperam
A chave que abre o céu
Da onde caem as palavras
A palavra certa
Que faça o mundo andar"

CUIDE BEM DO SEU AMOR
"A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for...
E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar
Se o seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida, seu amor, seu lar
Cuide tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for passar
Cuide bem do seu amor
Seja quem for..."

LANTERNA DOS AFOGADOS
"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar
Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar
Uma noite longa
Pra uma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mais ainda sei me virar
Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar"
Então é Natal...

As pessoas dizem que o mundo evolui muito rápido, que tudo muda o tempo todo, mas há 3 coisas que infelizmente se repetem todos os anos nesta época:

1ª => A Simoni cantando “Então é Natal... e o Ano Novo também...” como se a gente não soubesse que depois do Natal tem Ano Novo. E a pior parte é aquela que ela canta “Que seja feliz quem souber o que é o bem”, aí eu fico pensando... Eu sei o que é o mau também, passa no jornal todos os dias, será que sou infeliz?
2ª => A propaganda da Bauduco com o pai e o filho conversando sobre panetone. (Me diz qual é o pai e o filho que tem uma conversa sobre panetone?!) E o pai ainda insiste que todos os anos o panetone fica melhor. Mas pra mim, é tudo a mesma coisa... Pão doce com frutinha dentro!
3ª => Deixei a pior para o final... Show do Roberto Carlos na Globo! É incrível como que a cada ano que passa tudo fica cada vez mais igual. A roupa azul ou branca. Os convidados globais (Os atores da malhação devem ser obrigados a comparecer ao evento, deve ser alguma cláusula do contrato. Só pode!). A luz de fundo. As músicas. E as manias do ‘rei’. Eu protesto! Isso só existe todos os anos porque é na Globo. Se fosse transmitida pelo Sbt essa palhaçada já teria falido ou só passaria de madrugada.

Na verdade existe uma quarta coisa que se repete todos os anos: Minha família - incluindo primos, tios, tias, papagaios – atacando a ceia de Natal antes da meia-noite! rsrs
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O PRESENTE SIMPLES DOS MEUS CONTOS DE FADA
(Ps: Título péssimo!)
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Um pé, depois o outro. Um passeio numa tarde de sol, quase nublada. E você não me convence de nada. Eu sei, não sou a pessoa mais fácil do mundo. Longe disso. Mas talvez uma das pessoas mais simples dos meus contos de fadas. Um gesto bonito me atrai. Você não precisa chegar num cavalo branco modelo 2008, nem me levar a um castelo luxuoso, nem me presentear com um anel de ouro... Há coisas na vida que todos podem conseguir, outras não. Coisas que nascem com a gente, mostradas das formas mais inusitadas e espontâneas possíveis. Era isso que eu queria ver. Um gesto incomum e lindo. Mas você jogou um papel no chão e deixou o vento levar. Você não me ofereceu a palavra certa. Não pensou em algo que já não tivesse dito. Chega de histórias que começam com 'era uma vez', eu quero o que é, o que sempre será aí dentro de você - se for só isso, eu não quero. Não quero um presente que caiba em mim ou em você. Quero um presente que caiba em nós dois independente da marca da embalagem. E pra falar a verdade, a única marca que eu quero é aquela que o dinheiro nenhum pode comprar, embora tenha um valor imenso.
(... Será que uma carta ao Papai Noel atenderia meus desejos? Fica a dúvida.)
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"E quando me encontrar, por favor, me reconheça..."
(Barão Vermelho)
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Odeio julgamentos. Não serviria para ser advogada. Sempre encontro o outro lado das coisas. E num dia desses encontrei você. Divido-me ao meio. Quero. Não quero. Tento disfarçar os erros. Me aperto. Me reviro. E aqui estou. Atacando e me defendendo de você. E você ainda não me fez nada. Então, eu te peço... Faça. Faça-me cócegas com o seu olhar. Eu quero rir até soluçar. Até eu pedir para que você páre e arranjarmos outra coisa para que o tempo passe, e a gente fique. Faça-me sentir tudo que eu não consiga explicar. Tudo que você também não consiga explicar com suas demonstrações planejadas ou não. Desafie meus planos. Me encontre por engano. Me deixe louca. Isso mesmo. Estou cansada de ter uma vida normal que me come, me mastiga e me cospe ao fim do dia no meu quarto. Tenho um relógio sem ponteiros, mas com hora marcada. Jogue-o fora pra mim, sem pedir licença. Não peça licença. Apareça agora e depois, e depois. Não toque a campahia. Grite meu nome. Reconheça-me mesmo quando conhecer um defeito meu. Conte-me uma história bonita, mesmo sabendo que eu não vou dormir com você. Não tente ser perfeito, eu desconfiaria das suas palavras com desconfiaria das suas imperfeições. Me trate como uma rainha, mas não queira me prender na torre do seu castelo. Sei voar. Tenho asas - ás vezes de anjo, ás vezes dragão. Também ser a madrasta desses contos baratos. Não me convide para entrar. Pegue a minha mão e leve-me. Só não tampe meus olhos, caso eu queira voltar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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Me pegue pelos braços e sacuda-me. Não me deixe desistir daquela idéia maluca que eu guardo em meu baú velho, com cadiado de segredos. Descubra meus enigmas, minhas combinações sem sentido e esfregue-os em minha cara que se diz tão transparente. Meus segredos são respostas que ninguém perguntou. Então, não desista de falar quando eu pedir para que você fique calado. Tenho uma péssima mania de achar que posso controlar tudo - por fora. Por dentro, apenas obedeço o coração depois de muito questionar e sentir adjetivos sem nome. Mas estou cansada de questões, testes, provas de fogo e baldes de água fria... Quero repostas. Segredos. Surpresa. Idéias loucas de última hora que me arranque um sorriso do rosto, sem licença.
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Ps: Sem licença, sem boas maneiras, sem normalidades... Ás vezes, uma vida atrevida, disposta é mais de cem maneiras de se realizar um único ato e com uma doce loucura, é muito mais gostosa!
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BeijOs MágicoS!
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Espelho, espelho meu.

Tenho a sensação de que a imagem desse espelho sou eu. Toda a minha essência em sentidos - sem placas, sem aviso - que surgem em olhares e sorrisos e se vão a cada vez que eu não me entendo.
O que me deixa quase louca, e ás vezes com o coração desesperado, é que jamais saberei se você consegue enxergar a mesma coisa que eu. Sou eu nesse espelho. São seus olhos me vendo. E nunca ocuparemos o mesmo espaço.
Ás vezes sei que você não sabem nada de mim. Outras vezes, apenas acho. Tenho um pensamento atrevido, mas será que sou tão indecifrável assim? Qual o meu tom de verde favorito. O que eu estou pensando quando faço bico. Porquê entre um romantismo e outro eu pinto a unha de vermelho. Se eu danço esquisito na frente do espelho. Quando eu posso ter um ataque de riso. Coisas que me fazem chorar... Entre tantas outras tão simples de adivinhar.
Detalhes estampados. Sentidos despidos. Indecente pra você? Você não consegue enxergar. Aonde você vai agora? Você pra mim, é outra hora. Eu aqui, o tempo inteiro. Inteira. Escrevendo, lendo e relendo minhas letras coloridas nesse mundo. Mas você me fala em branco e preto. Azar o seu. Sou arco-íris. E dizem que no final das cores há um pote de ouro. Mas eu te peço: Não queira me descobrir pelo fim. Apesar de eu saber que o começo é sempre a parte mais difícil.
Caso você não me encontre dia desses é porque sou borboleta. Tenho asas e antenas parabólicas que nunca param. Mas no seu casulo eu não consigo voar. Deixando-me muda, querendo brigar com o seu mundo. Azar o meu que odeio brigas e só quero um amor. Você me resume eu algumas palavras e isso me tira do sério, me deixa séria. Azar o seu, que não percebe que o meu sorriso é mais que um dicionário inteiro.

Sim, a imagem desse espelho sou eu. E qualquer um que passar por aqui poderá simplesmente passar, ou quem sabe, enxergar. Só não me pergunte o que.