sexta-feira, 30 de abril de 2010

"Descubra quem você é, e seja de propósito"
(Dolly Partron)


Há dias que é preciso despir os medos
mostrando todos os encantos e defeitos
Tirar as estruturas frágeis e
trocá-las por uma força inabalável
mesmo que dure segundos
É preciso provar o gosto do atrevimento
É preciso ousar e desafiar a si mesmo
todos os dias
a cada segundo
Quebrar regras que nunca existiram
Dar um passo a caminho do paraíso
Imaginário
É preciso arrancar o que não serve mais
Sentir-se nua e crua
Sentir-se real
Propositalmente
Trazendo liberdade ao próprio ser
E ser todas as formas espontâneas e
ingênuas da felicidade
É preciso parar de se cobrar tanto
e aprender a ser generoso consigo mesmo
É preciso aprender a tocar a vida e deixar que ela te faça sentir.

BeijOs Mágicos e despidos!

domingo, 25 de abril de 2010

 .Partituras
(... ...Just boiling in my blood, but you think that I can't see.)
"Sim...  Eu estou tão cansado,
Mas não pra dizer
Que eu não acredito mais em você"
(Velho Navio - O Rappa)


Você não toca no meu rádio. As canções passam e eu já passei todas as estações. É frustrante, mas eu não consigo te ouvir por mais que tudo seja silencioso ao meu redor. É cansativo e desgastante ficar te procurando em todos os meus playlists imaginários e reais e não te encontrar. Eu te troco pelas minhas canções prediletas, pelas minhas inspirações fora de hora e de nada adianta. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa e você é diferente de todas as canções que já ouvi. Você tocava fundo sem ter a mínima noção do que estava fazendo. Tocava uma canção sem letra da qual eu ainda tento decorar. Partituras. Parte tuas que gostaria que fossem parte minhas. E por enquanto tudo que consigo ouvir são todas as nossas partes em silêncio. Fora do ar. Sintonizadas em planos distintos. Hoje eu li essa frase: "Eu quero assoviar uma melodia que me lembre alguém, mas eu não sei nem assoviar". Me identifiquei, sem pensar muito. Eu não sei te assoviar, e mesmo que soubesse você nunca me mostrou as notas musicais do qual é feito,  por isso gostaria de apenas não me lembrar de você. De não ter você na cabeça nos meus momentos vazios. Eu estou quase desligando o meu rádio, jogando seus versos no lixo e desistindo de uma melodia da qual eu nunca compus. Você não me dá outra escolha. Na verdade você não me dá escolha nenhuma e eu tenho que decidir sozinha se eu ainda quero acreditar em você, se eu ainda posso me en-cantar e dançar quando você tocar. Meu rádio, por teimosia, ainda está ligado e eu fico me perguntando se algum dia você vai estar lá.


"Você vai me ouvir no rádio e
Achar que é uma música qualquer
Preste atenção"
(Onde está - Fresno)

BeijOs
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

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Estou numa época que me parece roubar os sentidos. Estou numa época em que as estações do ano parecem não fazer sentido algum. Sinto um tédio diante das coisas repetidas, das mesmas palavras, dos mesmos trajetos, das mesmas desculpas, das mesmas culpas. Sinto um cansaço diante da espera. São filas, trânsito, horários, planos, enganos - não necessáriamente nessa ordem... e tudo isso me consome. Ou sou eu que as consumo por não encontrar outro caminho - livre. Tomo oito gotas de floral por dia para driblar essa ansiedade que raramente me deixa sozinha, mas ás vezes não dou conta. Tomo conta de mim e ás vezes me perco de vista. Sim, ando perdida no meus caos, nos meus desejos. Se alguém me encontrar, por favor, me devolva - urgente. Você não pode imaginar o quanto preciso de mim. É a minha birutice, o meu crer, as minhas invenções reais que me fazem olhar para frente e sorrir, mesmo quando não avisto o meu destino. Hoje eu acordei tentando disfarçar a minha inquietude fingindo que não queria fazer nada, que eu era capaz de jogar tudo para o alto e desistir dos meus desejos mais profundos, quando na verdade tudo que eu quero é coragem (ainda mais) para fazer meus planos mirabolantes darem certo. Eu tentei disfarçar, logo eu que não suporto disfarces, mentiras, joguinhos e indiretas. Logo eu, que peço tanto para que o mundo seja mais simples, mais colorido, mais divertido, mais sincero e mais justo.
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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Faz de conta...

"Tenho acordado de sonho nenhum, tenho dormido apenas para ver se paro de sonhar... pra variar."
(Lucas Lima)


Faz de conta que eu não me importo. Que eu não quero mais saber. Que eu não sinto saudades de tão pouco. Que eu não sinto nada. Faz de conta que eu não conto as horas para um dia qualquer. Que eu não conto pra você coisas que você nem me perguntou. Faz de conta que você está perto. Bem perto. Que sua ausência não faz tudo virar deserto. Faz de conta que minhas rimas não ficam bregas quando penso em você. Faz de conta que a gente não existe. Ou que pertencemos a planos distintos. Faz de conta que você não sabe do que estou falando. Faz de conta que eu também não sei. Faz de conta que eu não falei nada e que você acreditou. E nesse 'faz de conta' que não se faz, a gente segue em frente até nos fazermos reais.

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Um dia sem sol...

Hoje minhas palavras não se encontram, não rimam, não se justificam e eu nem sei o motivo. Talvez saiba e não queira me prender a ele pra não me sufocar, mas isso é outra história. Hoje, no meio de tantas tarefas, o meu dia se encontra vazio, a minha vontade ainda dorme e meu pensamento ficou mudo. O Jazz que escuto da Corinne Bailey Rae parece triste (como eu? não sei). Eu não sei se você sabe, mas gostaria que soubesse o que ás vezes sinto. E quem sabe você notaria a importância de vir logo pra cá e me dar um abraço. Você pode me encontrar no meio do caminho? Eu posso te esperar. Quando os dias forem escuros e frios como hoje, o que iremos fazer?

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Coisas me faltam, coisas me sobram e ás vezes eu já nem sei do que preciso.
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sábado, 3 de abril de 2010

REMEMBER ME...
(SERÁ QUE A VIDA É SÓ FEITA DE LEMBRANÇAS?)

"Ghandi disse que tudo que você fizer na vida será insignificante mas o importante é que o faça". Esse é um trecho do filme que assisti hoje: Remember Me ou se preferir Lembranças. Eu não estou aqui para escrever uma crítica do filme e convencê-lo a assistir. Estou aqui apenas pra dizer que coisas insignificantes podem ser importantes. Na verdade, eu não sei muito bem como explicar isso. Porque, pessoas pensam de modos diferentes e isso faz tudo se tornar relativo, vago e muitas vezes sem sentido - embora seja desafiador e interessante. Sentimos as coisas ao nosso redor de maneiras distintas e únicas. Pode ser que o que eu julgo fútil, você julgue totalmente necessário, ou vice-versa. Pode ser que eu nem me lembre mais daquela nossa conversa enquanto você guarda cada palavra em algum lugar dentro de você. Pode ser que deixamos as pessoas que amamos se afastarem por estarmos preocupados demais em fazer com que elas façam tudo certo (ou em fazermos tudo certo para que elas tenham apenas boas lembranças de nós). Pode ser que o amor (ou a falta dele) sufoque ou liberte. É... Pode ser. Pode ser que fazer algo aparentemente errado - mas que exija a sua melhor intenção - seja a coisa certa a fazer nesse momento. Claro que pode. Pode ser. Pode ser que um dia a gente cruze a rua e perceba que algo precisa mudar, que algumas regras são injustas e que  ás vezes aquilo que nos oferecem não é o bastante. O que fazer? Poder ser que não tenhamos as respostas. Pode ser que a gente faça alguma coisa mesmo assim. Pode ser? Pode sim - ainda que lhe digam o contrário. Você pode SER politicamente incorreto e lutar por menos política, por menos embalagem, por menos hiprocrizia, menos falsidade, menos contas, menos desejos mudos, menos barulho, menos espera. E quando eles menos esperarem você ainda pode SER tudo aquilo que você acha que precisa ser feito. Você pode fazer milhares de coisas insignificantes (até pra você mesmo), que no final das contas, ocupam um grande espaço da sua vida inteira. E convenhamos que sua vida é algo muito importante. Você pode ser igual a todo mundo ou se rebelar contra o caos da sua vida, o caos do mundo e ao mesmo tempo você pode SER o melhor que há dentro de você, mesmo que muitas vezes para a maioria isso seja (e provavelmente será) totalmente insignificante.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010


"Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos
Um tanto quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto
É que ele me liberta na hora
No momento em que eu boto pra fora
O que já não me serve vai embora
E assim, eu fico leve"
(Água Contida - Pitty)

A oposição e a disposição de cada dia


Ultimamente, coisas tem ocupado o meu dia inteiro. Nesse intervalo de tempo eu bebo meu cansaço numa taça bonita como se ele possuisse dois gostos opostos: o doce que me faz se sentir útil a si mesma e o amargo que me incomoda e me faz parecer infuncional. Os olhos precisam estar abertos desde ás seis e quarenta e encontram tempo para finalmente descansarem entre meia noite e uma da manhã - que ainda é noite. Ai eu me desligo, carrego minha bateria pra depois me carregar pra onde for preciso e me inspiro. Expiro, respiro e me inspiro. No outro dia tenho sentimentos contidos que se libertam e tenho uma loucura que se contém. Eu sonho, eu me iludo, eu sonho, eu me realizo, eu sonho. E sonhos custam meu suor, minha ansiedade, meu tempo. Quando digo "meu" tempo quero dizer que nesse momento eu vivo o verso de uma canção: "O tempo é só meu e ninguém registra a cena, de repente vira um filme todo em câmera lenta". Esse filme lento me faz ver detalhes que antes eu não me importava, não reparava ou simplesmente fingia não enxergar. Detalhes tão simples que me fazem sorrir durante o dia (mesmo com sono). Saiba você que ontem eu vi um casal de velhinhos de mãos dadas que me fez lembrar que sentimentos verdadeiros ainda existem. Vi também uma menina com idade aparente entre 12 e 13 anos que tinha deficiência mental e visual, totalmente dependente de alguém e isso me fez criar vergonha na cara, reclamar menos e perceber que eu tenho saúde. Eu ainda continuo cansada, mas eu tenho cura, tenho um futuro pra moldar e ainda tenho muitas coisas que me farão cansar, começar de novo e persistir. Por isso hoje, disfarço os meus olhos ensonados com um lápis preto e um rímel, enfeito meu sorriso com um gloss rosa, pego um jeans velho no guarda-roupa, calço meu all star e entre outras coisas me preparo pra mais uma missão - e talvez a mais importante de todas: SER FELIZ, seja em qual época for, seja com quem for, seja em qualquer lugar, a qualquer hora. E também aproveitarque meu filme está em câmera lenta para construir com mais atenção os detalhes que me fazem ser quem realmente sou.




"Diga sempre tudo
O que precisa dizer
Arrisque mais
Pra não se arrepender
Nós não temos
Todo tempo do mundo
E esse mundo
Já faz muito tempo...
O futuro, o presente
E o presente já passou"
(Semana que vem - Pitty)


BEIJOS MÁGICOS!