domingo, 30 de maio de 2010

Domingo. Cinema. Sex and the city II. Coisas como essas sempre me fazer pensar, sempre inspiram um texto novo. O que seria de um filme sem um conflito? O que seria da nossa vida sem um drama, uma comédia, uma aventura, um suspense?
Depois de um filme, outro filme e antes de dormir filmes passam na minha cabeça. Roteiros, personagens, cenários e histórias de difundem, se confundem e deixam uma cena inacabada. Aperte o play porque eu quero saber o final. Ou talvez, isso nunca tenha fim.
Tudo que eu preciso hoje é de um lugar para descansar minha cabeça. Pode ser em frente a uma tela gigante que rode um filme que me sirva de consolo ou de esperança. Pode ser um travesseiro que me faça ter sonhos bonitos. Pode ser uma rede que me faça meditar. São milhares de possibilidades, mas eu sei que há somente um lugar, mas eu preciso me encontrar. Preciso me encontrar. Preciso voltar pra mim.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Por favor, descomplique!

Se eu pudesse realizar um desejo hoje, seria de que as coisas (e principalmente as pessoas) fossem mais simples. Não digo que minha vida esteja complicada, nada disso. Mas olho ao redor e vejo que tudo poderia ser mais simples e menos simplificado. Quer saber a diferença? Ser simples é aproveitar todas as coisas que a vida lhe propõe seja um pão com mortadela ou um jantar chiquérrimo. Não tem nada a ver com status, acredite. Ser simples é não conter as emoções mais estranhas - ou mais belas. É deixar que as outras pessoas saibam sua verdadeira opinião sobre tal assunto, o seu verdadeiro sentir. Você sente? Se não sente, também seja sincero(a) e assim você será simples. Seja menos simplificado. Pare de tentar te traduzir em marcas, gêneros, grupos, etnias, classes e assim por diante. Pare de tentar traduzir tudo e será um grande passo.

Você tenta traduzir a música, o livro, o enredo e até os pensamentos e atitudes das pessoas. Você não, nós! Já me peguei fazendo isso do mesmo modo que já fizeram isso comigo e posso lhe garantir: tudo fica mais complicado. Quando tentamos adivinhar o que o outro pensa, gosta ou faz plantamos um ponto de interrogação no meio do peito que nos consome (e muito!). Quando fazemos isso, cometemos duas injustiças: conosco mesmos e com o outro que parece ser o enigma em pessoa. Por isso, eu peço, seja simples.

Imagine só que domingo a noite meus pais tentaram narrar um episódio da minha vida que não existe. Criaram conceitos, planos e quiseram nomear "cargos" e "cargas". Quiseram me poupar do risco e do momento. Quiseram criar uma medalha de merecimento pra eu dar pra quem eles acham que merece. Ficaram incomodados por mim. Para que? Não sei. Não sei o que se passava na cabeça deles do mesmo modo que eles acham que sabem o que se passa na minha cabeça. Tudo em vão. Tudo muito planejado, muito questionado. Será que não perceberam que certas preocupações são desnecessárias e só servem para ocupar uma parte vazia dentro da gente? Não quero isso. Espaços vazios eu ocupo com coisas existêntes. Simples assim.

Poderíamos exercer mais a nossa simplicidade. Agora. Pode ser? Porque eu não entendo de onde vem tanta certeza que as coisas podem acontecer numa "outra vez". Eu não sei quanto tempo vai durar nosso presente - essas caixinha de surpresas que - embora curiosos - adiamos tanto para abrir. Seria medo? Talvez. Cada um sabe o que sente e eu não vou ficar tentando adivinhar você. Posso falar por mim. Ás vezes sinto medo - do desconhecido - mas prefiro correr o risco.

Risco minhas palavras em você te convidando a correr riscos junto comigo. O risco de ser simples. Sem indagações, sem placar, sem joguinhos, sem indiretas. Se não sabe, pergunte. Se souber, ensine. Se não souber a resposta, confesse. Se quiser, corra atrás - alcance. Se não quiser, diga (de maneira direta e educada). Se não gostar, não aceite. Se amar, se declare. Se não gostar o suficiente para amar, não diga que ama em vão. Se tiver com vontade, realize. Se tiver cansado, descanse. Pode dizer o que realmente está sentindo? Angústia, inveja, alegria, compaixão...? Já te falei, é um risco. É simples e te faz menos simplificado.

Por isso, desenrole-se, desembrulhe-se, mostre-se, deixe de lado tudo aquilo que torna a vida complexa e que te deixa confusa e triste. Deixe de lado também as pessoas que dizem que tudo é complicado. Elas estão mentindo para você, quase te convencendo. Nada é tão complicado a ponto de não ser resolvido, a ponto de não ser adaptado e superado. Pronto, já pode colocar um sorriso na boca, um brilho nos olhos e a simplicidade dentro da mente. Não simplifique sentidos e sentimentos. Seja apenas simples. Corra riscos. Por favor, descomplique!

Beijos simples!
=)

domingo, 16 de maio de 2010

Surpresa!

O que a gente faz quando um turbilhão de emoções quase te leva - para não sei onde? Boa pergunta, não?! Acontece que cada momento da minha vida tem sido precioso - mas do que nunca. Ou se não, sempre tiveram suas preciosidades e era eu quem aproveitava pouco. Se for, não me culpo. Cansei dessa palavra. Prefiro acreditar na frase da Fernanda Mello: "Somos todos culpados, se quisermos. Somos todos felizes se deixarmos".  Eu escolhi ser feliz sem se preocupar com as mudanças do tempo. Tudo está mudando... Eu gosto, confesso. Mesmo tendo que acordar mais cedo e domir mais tarde. Logo eu que prezo uma boa noite de sono. Eu gosto. Mesmo me sentindo exausta a tarde inteira e entediada pela noite. Mesmo com emprevistos pelo meio do caminho que me fazem perdida por algum instante. Mesmo escrevendo textos dos quais não publicarei no blog e escutando músicas que me fazem pensar em coisas das quais eu não quero me preocupar. Eu gosto da sensação, desse ar que me faz respirar nessa fase da minha vida. Será que existem fases ou será que a gente existe e simplesmente faz? Eu gosto de olhar no espelho e ver que alguma coisa mudou, e ver que esse era meu propósito. Okay, meus planos nem sempre dão certo, porém no final do dia eu descubro que gostei das coisas que nem passaram pela minha cabeça. Surpresa!

(...  E ás vezes, depois de um final do dia não tão legal como o esperado, a gente descobre que a surpresa ficou pro dia seguinte!)

BeijOs Mágicos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Todo dia é tempo de mudar...

Eu sou o sol da manhã. Eu sou a chuva e os trovões. Sou uma piscina de rosas e um chão feito de concreto. Eu sou o ponto de chegada e de partida. Eu sou a estação. Outono, inverno, primavera e verão - no mesmo dia. Eu sou dias e noites. Mais noite que dia. Eu sou o que está perto e o que está longe. Eu sou o calor e o frio - e também o meio-termo. A razão e a emoção. Mais emoção que razão, eu acho. Eu sou a saudade e o desapego - ao mesmo tempo. Eu sou o tempo que durar, não gosto de esperar e quero que chegue logo. Sou o silêncio de muitas palavras. Eu sou a loucura de um ser "normal". Esses dias tem sido loucos, eu sei. Mas você é desse jeito: de todos os jeitos - assim como eu. Você é uma contradição que faz todo o sentido. E esse é o único motivo de continuarmos aqui.


"Disfarça e segue em frente todo dia até cansar e eis que de repente ela resolve então mudar..."
(Descontruindo Amélia - Pitty)

Beijos.

domingo, 9 de maio de 2010

Just HAPPY!

Mais um ano. Um dia aparentemente normal que me lembra de que o tempo existe, porém lembro-me também que posso usá-lo ao meu favor. Confesso que há coisas em dia de aniversário que me incomodam. São poucas as pessoas que REALMENTE desejam coisas boa pra você (de CORAÇÃO), são as que desejam e rezam por você constantemente - não só em um dia do ano. São poucas as pessoas que REALMENTE sabem o valor dos dias vividos que celebro a cada vez que me vejo feliz por aí. A maioria fala o blá blá blá de sempre porque faz parte do roteiro. É possível sentir a diferença. Eu sinto. Isso eu posso afirmar hoje, com 20 anos de idade: Eu posso sentir! Por isso, vocês... pessoas reais e lindas que fazem parte da minha história, fiquem tranquilas, eu sei que vocês são de CORAÇÃO sendo em forma de palavras, gestos e/ou música. Ou seja lá de que jeito for, mas será sempre do nosso jeito de SER.



Hoje com 20 anos de idade eu coleciono uma tatuagem, palavras reais e imaginárias, um pouco de loucura, sonhos, momentos, amores, amigos, olhares, lágrimas e muitos risos... Tantas coisas. Simples. Contagiantes. Ás vezes extremas. Tudo, absolutamente tudo me faz e me refaz a cada instante. Acho tão lindo essa coisa da vida... de se recriar.  Por isso hoje, eu me olho no espelho como se fosse o primeiro dia da minha vida e sinto-me livre para (re)descobrir as novidades do mundo e esse é meu melhor presente!

BeijOs

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tenho me perguntado até quando terei que escolher entre o contentamento dos meus dias iguais e minha loucura tão parecida com a de pessoas normais. Entre todas as ausências e a o engano de sentir o que não faz diferença. Entre essa abstinência de tudo que eu preciso viver e o excesso de coisas que ignoro repetidamente. Eu tenho me perguntado se alguma coisa  vai mudar junto comigo, se as coisas poderam fazer mais sentido e se o grande dia irá chegar. Eu tenho feito milhares de perguntas. Algumas com resposta bem claras, outras perguntas mais mudas que o silêncio. Tenho me arriscado, me supreendido com minhas escolhas... Eu tenho feito e não tenho nada. O meu relógio ainda faz tic-tac num quarto escuro e eu não sei quando o tempo vai acabar. Eu preciso sussurar meu grito e berrar meu silêncio antes que eu perca todos os sentidos e simplesmente pare de sentir.
Quando Fui Chuva

Maria Gadú
Composição: Luis Kiari e Caio Soh


Quando já não tinha espaço, pequena fui
Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer,
Acomodei minha dança, os meu traços de chuva
E o que é estar em paz

Pra ser minha sem ser tua
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas

E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver!

Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela



 
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