sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

- Pra onde você vai?
- Se der sorte, em frente.
(Ratatouille)

  Feliz 2012 !! 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fim do ano e o ano inteiro...

“Espero que vocês tenham um ano maravilhoso, e que vocês descubram tantas novas pessoas, lugares e coisas. Substantivos, eu acho. Descubram mais substantivos.
 Eu tenho que te dizer, eu posso ver o continuum da vida ultimamente. Eu posso sentir como todo o arco vai e vem num piscar de olhos. (...) 
Às vezes isso parece muito tempo, às vezes parece curto. Eu não sei.”
- John Mayer

Primeiramente, gostaria de dizer que várias coisas me influenciaram a escrever esse texto. A biografia do Steve Jobs que estou lendo, esse trecho acima de um dos meus artistas favoritos, meu querido John Mayer e o mês de dezembro enfeitado com luzes coloridas e tão bonito na Av. Paulista. E claro, os tweets do Ricardo Maruo sobre essa época: “Para provar que essa bondade e iluminação de fim de ano é fake. Aposto, com quem quiser. Chegou janeiro, tá todo mundo pensando em carnaval.” Eu queria levantar várias questões e pontos de vista referentes a isso tudo, mas espero conseguir resumir em um texto curto.

Fim de ano está ai. Shoppings lotados e artistas cantando “Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é de quem quiser...” junto com Roberto Carlos na TV. No Natal tem que ter Papai Noel, peru, panetone, doce e uva passa.  Lá em casa costuma chegar algum presentinho da vizinha ao lado, a qual nunca trocou uma palavra comigo e nem com a maioria dos vizinhos. Talvez ela se sinta uma pessoa melhor ou mais social no Natal (vai entender...). Também não pode faltar a música clássica da Simone “Então é Nataaaaaaal... e Ano Novo tambéééém...”. No Ano Novo dizem que temos que pular sete ondas, comer lentilha, não comer aves que andam para trás, vestir branco, uma cor de calcinha que dê sorte (isso vale para a cor de cueca dos homens também?) e traçar objetivos que geralmente incluem começar alguma atividade física e ganhar mais dinheiro. 

Vamos ser sinceros. Apesar de fazermos parte da tradição, pouco disso tudo importa. Então ao invés de desejar que você tenha um feliz Natal e um próspero Ano Novo, eu gostaria de desejar outras coisas. Leia mais livros, principalmente quando estiver pensando em muitas coisas ao mesmo tempo. Caminhe mais por avenidas iluminadas como a Paulista, sem pressa, e aprecie sua beleza mais vezes no ano. Tente meditar ou tente qualquer outra coisa que nunca tenha feito antes. Tente. Não espere o fim de ano para ser gentil consigo mesmo e com os outros. Gentiliza nunca é demais e não é algo que acabará no estoque. Seja rebelde, imperfeito e “faminto” como Steve Jobs e faça alguma coisa. Algo que VOCÊ realmente queira. Como diz uma frases do Gandhi “Tudo que fizer na sua vida será insignificante, mas é muito importante que você faça”. Seja curioso. Descarte medos tolos. Permita-se. Passe mais tempo com as pessoas que gosta. Conheça pessoas novas - ao vivo. E se não não conseguir fazer nada disso, seja apenas você mesmo - o ano inteiro!


“Reciclar a palavra, o telhado e o porão...
Reinventar tantas outras notas musicais...
Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...
Ser essência... muito mais...
Ser essência... muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...
SE LEMBRAR DE CELEBRAR MUITO MAIS...”
(Reticências - O Teatro Mágico)

beijos.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Minha alma dança...

Até onde me recordo, eu tinha uns 16/17 anos quando assisti um DVD da Shakira e cismei que queria entrar na aula de dança do ventre. Eu não queria ser a Shakira (claro que se eu fosse, não reclamaria rs), nem aprender a dançar exatamente. Eu não sabia muito bem o que eu queria com aquilo, mas eu queria. E talvez aquilo já fizesse parte de mim antes mesmo que eu soubesse. 
Lembro-me da primeira aula. Cheguei uns 10 minutos antes e entrei numa sala decorada com tecidos estampados, abajur, almofadas. Um outro mundo a 5 minutos da minha casa. A secretária acendeu um incenso e colocou uma música. Eu estava com a minha mãe, de repente começamos a rir de tudo aquilo. Era novo, a música era totalmente diferente da Shakira, era totalmente árabe. Por achar engraçado ou não, minha primeira impressão foi de alegria.

Eu comecei a fazer aula experimental e a professora me perguntou: "Você tem certeza que nunca fez isso antes?". Sim, eu tinha certeza, assim como também tinha certeza de que não pretendia parar tão cedo. Como se minha alma tivesse encontrado um refúgio, um lugar para se encantar e sentir-se livre de qualquer coisa. Acho uma pena as pessoas julgarem a dança como se ela fosse um apelo sexual. Já ouvi opiniões machistas sobre o assunto. Por esse motivo não costumo falar muito sobre isso. Mas, no fundo, eu gostaria que as pessoas soubessem que os movimentos que o corpo faz são apenas as consequências do que sua alma sente. É como se você conseguisse dançar para o seu próprio coração e fazê-lo feliz.

Existe um mito de que dança do ventre "dá barriga". Esqueçam isso. O fato é que você vê mulheres de todos os tipos possíveis dançando, com barriguinhas salientes, ou não, porque a dança transcende o corpo. Porque o prazer em dançar torna-se maior que a exibição de um "ideal". As imperfeições passam a ser aceitas e ao mesmo tempo deixam de ser ignoradas. Há quem admire o corpo, há quem admire a dança e há quem possua o conjunto exuberante dos dois. Eu nunca fui do tipo sarada, mas a dança nunca mostrou que isso pudesse me impedir de alguma coisa.

Minha primeira professora ficou grávida e parou de dar aula, mas me serve de exemplo até hoje. Tanto ela como as três professoras seguintes que me ensinaram o melhor que poderiam. Elas disseram para eu continuar, e eu procuro seguir o conselho. Eu até gostaria de fazer disso como uma prioridade, mas tenho que conciliar com o trabalho, horários e horas de sono. Volto, paro, sinto falta e retorno. Sinto falta de exercer, mas não chega a ser saudade, porque não dá para abandonar o que já faz parte de nós. Ainda bem! Pode ter certeza que, poder praticar uma das coisas que mais gosto, é um dos meus pedidos de todo ano novo.

2007/08 - Lunah (primeira a direita)
2008 - Isthar
2010 - Hayffa














Apesar de não ser profissional, meu primeiro salário foi por ensinar o que eu sabia de dança do ventre. Era uma escola de dança que tinha inaugurado e queria experimentar essa modalidade. Então uma prima, que era amiga da dona me indicou. Eu aceitei o desafio. Comecei a ensinar uma turma de básico enquanto ainda fazia aulas. Infelizmente a procura por Jazz e Ballet foi maior, mas valeu a experiência.Valeu cada momento como Hanna' (o nome que escolhi para me representar enquanto danço - significa felicidade).


Aonde eu quero chegar com esse post? Sei lá, eu passei o dia escutando as músicas do Fadel Shaker e de alguma forma agradecendo por ter esse ritmo palpitando dentro de mim. Desejando para que as pessoas encontrem algo que alegre a alma, desperte o brilho nos olhos e faça o coração dançar nesse ano que está por vir.
depois dou uma bronca a mim mesma, por colocar tanta coisa na frente disso, que me faz tão bem.

beijos
Hanna'

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Não está fácil pra ninguém...

Acabei de assistir "Qualquer Gato Vira Lata", uma adaptação da peça de Juca de Oliveira para os cinemas. Bom, eu não irei fazer críticas ao filme, se quiser ver a sinopse clique aqui. Mas confesso que me tirou boas risadas e que recomendo para um dia de folga como hoje. Mais um filme de amor. O amor e sua teorias inacabáveis. Como encontrá-lo, como lidar com ele e como não deixá-lo escapar pelas mãos. Será mesmo que cada caso é um caso ou a regra serve para todos? Estou aprendendo, eu acho. 

O que eu sei é que a gente sofre um bocado pra entender o que é ego e amor. É estranho ver que outra pessoa ocupa um lugar que já foi nosso, mesmo que não tenhamos a mínima vontade de voltar pra lá. É quase legal saber que suas previsões estavam certas e ele quis ir apesar de todos seus conselhos e agora ele anda perdido, sem saber o que fazer, por aí. Sim, ele te disse com as próprias palavras e você se segurou pra não mandar um "eu te falei". Você só não disse, porque tem mais o que fazer e não vale mais a pena. Sim, isso tudo é quase legal, só não é legal, porque soa feio.

É meu bem, a vida não está fácil pra ninguém... Se no filme estava difícil pra Tati, a personagem interpretada pela Cléo Pires, coitada de mim, a Tati interpretada por mim mesma. Brincadeiras a parte, eu acho o amor meio hipócrita. Pelo menos uma parte dele. Na verdade, acho que não é amor e sim nós que somos um pouco hipócritas, ou pelo menos uma parte de nós. As pessoas dizem que estão procurando uma pessoa legal, companheira, bem humorada, que curta as mesmas coisas e blá blá blá. Okay. As pessoas, por algum momento, encontram quem estão procurando, mas ela já não serve porque tem uns quilinhos a mais ou tem estria demais, ou não gosta de usar salto, ou não curte ficar bêbada nas festas, e nem se parece com a Gisele, nem com a Cléo. No caso das meninas, ele não chega nem perto do Malvino Salvador. É, eu repito... a vida não ta fácil pra ninguém.


Os meninos reclamam que as mulheres são interesseiras. Mulheres reclamam que homens são mal educados. Numa conversa no trabalho chegamos a um acordo. Eu defendi a tese de que o homem deve pagar tudo no primeiro encontro (mesmo que ele só tenha conduções de te levar no boteco da esquina pra comer um pastel). E os meninos levantaram a causa de que a mulher "não deve esperar" que isso aconteça, portanto deve se oferecer para a pagar, mesmo que eles não aceitassem. Achei justo.

Tenho outras teorias. Teorias que criei por experiência própria, por observação ou pelas histórias de amigas próximas. Enfim, algumas atitudes que não valem o esmalte novo que a gente passa pra ir num encontro:
- Se o cara te chama pra ir ao shopping e de repente cria uma obsessão por pegar aqueles bichinhos daquelas máquinas aparentemente fáceis de serem manipuladas, você tem que ficar atenta. Depois de 15 minutos e algum dinheiro gasto ele consegue o bichinho de pelúcia e NÃO te dá. Minha filha, risque-o da sua agenda.
- Ele resolve te pagar uma casquinha. Você se esforça ao máximo para não derrubar sorvete na roupa, mas ele... o sorvete está escorrendo pelo braço dele. Ao invés de pegar guardanapos ou procurar um banheiro, ele lambe e diz "ah.. tamo em casa neh?!".
- Se ele repetir as desculpas "estou sem dinheiro", "o carro quebrou", "tenho muito trabalho pra fazer". Acorde.
- Se ele levar no mesmo lugar que a ex e ter a ideia idiota de deixar que você saiba disso, saiba também que você não poderá esperar atitudes muitos criativas da parte dele.
- Se ele aparecer com uma camisa com estampa de abacaxi, dê risada educadamente. Porque em alguns momentos, só nos resta mesmo rir.
- Se ele for mais legal bêbado do que sóbrio, faça o cálculo de quanto você terá que gastar com bebida e se valerá a pena.

Você também deve ter suas próprias teorias...

É nessas horas que eu acho que as pessoas deveriam colaborar mais pro amor acontecer! rs
Fica a dica.



“Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.” 

 (Lya Luft – Livro “Pensar é transgredir”).

*

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ela.
Ela chega devagar, apesar da mania de andar rápido. Uma outra mania é organizar as coisas como se tudo coubesse num texto, num grande livro. Ela demora um pouco pra se acostumar, mas adora coisas novas. Pessoas, lugares, histórias, sabores. Mesmo que isso lhe proporcione frio na barriga, borboletas no estômago e uma falta de jeito. Ela prefere a noite - onde tudo já passou, ou o melhor ainda vai começar -que o dia. Tá na cara. Olha só pra ela. De manhã, crua, olhos de sono, roupa qualquer. De noite, ela olha pro espelho com olhos contornados e até se sente mais mulher. A noite pra chegar, andar, estar em qualquer lugar, cantar na aula de spinning, gritar no combat, pensar em fazer ioga, abrir a janela pra ver se encontra a lua, as estrelas, uma ideia nova. Ela tenta ser ela mesma o dia inteiro. Mas, ás vezes, ela é de propósito, quando não encontra outro jeito de ser. Ás vezes ela fica triste e não sabe o motivo. Ou sabe e não quer dizer. Deve ser TPM. Ou pelo menos, isso serve para alguma explicação. Ás vezes ela se perde e se encontra numa personagem de um filme, na letra de uma música, numa frase de algum autor favorito. Ás vezes ela se perde quando fica sem saber o que aconteceu, por que acabou, por que não passou, por que ainda não aconteceu, mas ela se encontra nela mesma, no instante de um piscar de olhos, num lugar secreto. Ela é fácil. Se contenta com o simples. Entrega sua gratidão e admiração por quem lhe der chocolate, boas risadas e um abraço apertado. Ela sabe quando é sincero. Mas, ás vezes, fica sem saber quando não é. Ela é pontual e, ás vezes imprevisível. Já me surpreendeu várias vezes. Inteligente - principalmente se não for algo relacionado à matemática - mas não chega a ser nerd. Ela quer, um dia,  ter uma filha chamada Sophie e dançar Me & Mrs. Jones ou Everything (ela ainda está na dúvida) do Michael Bublé com alguém especial. É... eu também dei risada quando soube disso. Falando em dançar, ela adora e queria ter mais tempo pra se dedicar a isso. Ser uma dançarina não profissional por pura diversão. Ela prefere parque, show, lugares que nunca viu do que baladas com músicas intermináveis com gente que você nunca mais vai ver. Ela não é perfeita e nem pretende ser. Ela parece séria, mas isso não tem nada a ver. Ela acha que é sempre a última impressão que fica, não a primeira. Ela é gente boa, de fases, frases e sonhos. Gosto dela. Principalmente quando ela está despreocupada, radiante e linda. Linda ela é, em muitos aspectos, mas as vezes se esquece disso e eu tenho que lembrá-la. Brigamos por bobagem como todo mundo, mas é por pouco tempo. Ela é minha confidente, minha doce companhia pra quando quero estar sozinha. Ela sou eu. Eu sou ela.


"Sou tantas que mal consigo me distinguir.
Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção.
Num piscar de olhos fico terna, delicada."
(Martha Medeiros)


        

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Todo amor que houver nessa vida...

Eu poderia escrever um texto cheio de palavras, mas algumas coisas não são assim, simplesmente resumidas. Algumas coisas são assim, simplesmente simples - e grandiosas por dentro (da gente).
Hoje eu lembrei de uma música "Todo amor que houver nessa vida" do Cazuza. Acho lindo esse título. Sempre me levanta uma questão: "O que a gente faz com todo amor que houver nessa vida?".Essa pergunta me fez lembrar da sensação que tive no Templo Zulai do qual, finalmente, estive domingo. Acho que comecei a encontrar uma resposta, que sempre irá se transformar - mantendo sua essência - mas que não acabará nunca. Encontrei uma frase de Dalai Lama que pudesse completar isso - que eu não estou tentando explicar. Só sei que de algum modo, essas três coisas se completam e fazem todo sentido para mim.

"As transformações mentais demoram e não são fáceis.
Demandam um esforço constante."
- Dalai Lama


 Obs: Toda vez que se despede do público ao término de seu programa na tv americana, a apresentadora Ellen DeGeneres fala a seguinte frase: "Sejam gentis uns com os outros".
Hoje faço das palavras dela, as minhas. Isso. Sejam gentis uns com os outros. E não esqueçam também de serem gentis com vocês mesmos"

* 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011



Uma forma linda de ser uma pessoa sincera.

“Seja você mesmo, mesmo que isso signifique ser inseguro e inquieto.
Deixe que os outros te aquietem. Encontre um meio termo. Seja sincero.”


Começo esse texto com a frase acima escrita por John Mayer ao final de sua última atualização do Tumbrl até o dia em que comecei a escrever esse texto. 
Faz algum tempo que gostaria de escrever sobre isso. Na verdade acho que já escrevi sobre “ser você mesmo” muitas vezes nesse blog, de formas diferentes. Então, gostaria de escrever sobre isso e algo mais.

Sinto-me cansada ultimamente - por diversos fatores. É final de ano e temos aquela velha ilusão de que vestir branco e olhar fogos de artifício estourando no céu nos trazem uma vida nova. É final de ano e meu corpo sente o acúmulo de noites menores que oito horas de sono, o acúmulo de escolhas, de armadilhas do ego e de pessoas das quais não consigo enxergar. Ver, eu até vejo. Mas não as enxergo. Muitas delas eu jurava conhecer  desde algum tempo. Veio a vida, os dias e aquela percepção de si mesma que me fez reparar. E assim, tive que fazer um reparo também, em minha colcha de retalhos soltos.

Partes de um pano que não perteciam mais a um plano. Você que pisava na bola várias vezes com a desculpa de que amizade é isso. Essa semana, conversando com uma amigo, eu confirmei o que já sabia. Ele disse que muita gente conhecida vem pedir para que ele faça convites de casamento. 
Os amigos de verdade falam que pagam o que for preciso  pelo trabalho dele e aqueles sem senso praticamente pedem para que, por serem conhecidos, o serviço seja feito de graça. Moral da história: Ele acaba fazendo o trabalho de graça para os verdadeiros amigos e para os outros, ele dá uma boa enrolada e ganha uma grana. (Justo, não?)

Onde quero chegar com isso? Valores. Meio óbvio. Mas outros valores. O simples ato de você valorizar as pessoas que estão ao seu lado e confiar nos presentes que elas lhes podem lhe dar. Não estou falando em datas comemorativas, nem em amigo secreto. Estou falando em uma companhia num dia qualquer, histórias sobre a vida, desabafos, abraços, risadas por nada (porque como diz a música do Frejat, rir de tudo é desespero - e eu concordo). Menos desculpas esfarrapadas e  mais sinceridade. Muita gente se esquece que amizade é um relacionamento como qualquer outro onde é preciso cultivar e cativar.


Não temos obrigação de conviver com as pessoas, de ligar pra saber como está, ou pra contar sobre aquilo que te deixou tão feliz. Mas tem pessoas que fazemos questão de manter por perto. Que não precisamos imaginar se teremos algo em troca. Não precisamos cobrar, nem ficar com medo de sermos traídos. Há paz, palavras e gestos. Podemos ser nós mesmo, inseguros e inquietos. Podemos ser desarrumados e desastrados. Podemos abrir a porta calçando um Crocs falso e uma calça de moletom. Dizemos mais sim que não. Mas podemos dizer não quando necessário. Podemos ficar um tempo sem se ver, mas fazemos um esforço  e não nos contentamos com redes sociais. Ás vezes, até somos antisociais juntos. E por todas as vezes que a vida está uma loucura eu agradeço pela insistência. 

Você não tem que ser você mesmo. 
Você não tem que ser um amigo. 
Ou você é, ou você não é.

Confesso que ando vendo o mundo meio abstrato. Cada um para um lado. Pessoas distorcidas com uma apelo nada convincente: “Eu uso roupas legais, frenquento lugares bacanas, conheço todo mundo, te sigo twitter, tenho algumas histórias pra contar, faço até um pouco de graça... Você tem que gostar de mim!”. Desculpe-me mas eu não consigo. Meus sentimentos usam outros critérios e eu garanto que não é muito. Não odeio ninguém, mas não consigo amar até que esse papel de presente seja rasgado, sem dó, permitindo com que eu me surpreenda. Se eu vou gostar ou não, é outra história. Mas por favor, não tente me enganar. Minha intuição é boa. Seja apenas sincero. 

Por isso esse texto é pra você, você, você, você... que eu ganhei de presente esse ano, que eu conheci num lugar qualquer e me perguntou qual o caminho que eu estava andando pra nos encontrarmos de novo. Você que ri dos meus defeitos e me aceita, assim, por inteiro. Você que não tenta me dividir ao meio. Que não exige que eu tenha quilos a menos e use salta alto. Mas me elogia quando eu estou um arraso. Você que me chama pra comprar sapatos em plena segunda-feira. Você que deixa eu me agarrar no seu braço quando fico tensa vendo filme no cinema. Você que trás paçoca, M&M’s sem eu pedir, que defende a natureza e me diverte tanto. Você que me faz escutar sertanejo mesmo contra vontade, chega atrasada, mas vai me visitar no dia de Ação de Graças e me leva pra praia, pro shopping, pra balada, você não existe igual em outro canto do mundo. Você que tenta me animar no meio do tédio, que desenterra alguma música antiga, que compartilha minutos lentos comigo. Você que nem me conhece direito, mas que tenta me ajudar exatamente quando que eu preciso. Você que me dá um pedaço do seu dia. Você que torce por mim. Você que não é em preto e branco, você que é ao vivo e a cores...

...Vocês, que não querem nada de mim e mesmo assim ficam do meu lado, ganham minha gratidão.


Meu muito obrigada!
Beijos mágicos...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O dia de expediente chega ao fim
mais uma vez
Mais uma história como outra qualquer
chega ao fim
e eu volto para algum lugar
Observo o caminho inteiro
procurando por alguma coisa
Que caminho é esse no qual insistimos tanto?
Apesar do barulho e das pessoas
falando coisas que eu não entendo
tudo está tão calmo
tudo está calmo demais
e eu nem cheguei em casa
Talvez eu pudesse te encontrar no meio do caminho
mas eu estou seguindo em frente
Acho até que já me acostumei com isso
Eu não quero reclamar mais de nada
Eu só não quero perder meus sonhos ou me perder neles
Quais as opções que temos?
Vamos voltar para aquele momento que nada importava
Vamos voltar para quando não tínhamos nada
além de uma tarde improvisada e sorrisos no rosto
Isso é apenas uma proposta
da qual eu faço todos os dias pra mim mesma
Mas eu vou acabar voltando pra casa mais uma vez
...

domingo, 4 de dezembro de 2011

O momento mais emocionante do dia nada tem a ver com futebol. Foi ver minha vó tendo uma crise de riso na sala, com os netos (uma parte deles) em volta. Nenhuma filha, nenhum filho pra se intrometer. TV desligada. Apenas vó - por instantes sem dores, sem reclamações, em problemas - e netos. Rindo de uma bobagem qualquer.
"Do escuro eu via um infinito sem presente, passado ou futuro"


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As gotas d'água.

Vai dar meia noite. Amanhã o dia começa ás 6h25 com o despertador tocando. Eu deveria estar dormindo para não apagar no metrô passando a estação da qual tenho que desembarcar, como aconteceu essa semana, mas preciso escrever - mais uma vez - porque certas palavras já não cabem em mim. Na verdade, eu gostaria de me livrar de algumas respostas para perguntas que não me pertencem. Elas vivem perto de mim, mas não são minhas, nunca foram, embora eu tenha me declarado algumas vezes. Ignorar certas coisas não é fácil e, ás vezes, acabo me sentindo até um pouco covarde por isso. O que me deixa triste também, é você pensar que faço descaso, que o meu tom de voz grave, ríspido é uma forma de ataque. Você deveria saber - ou no fundo sabe - que eu não sou assim. Eu gosto de doce, abraço e rio a toa, mas eu não sou de aço. Essa outra versão de mim, é apenas meu corpo reagindo numa forma de defesa (será que sempre quis me proteger demais?), num grito, exigindo mais liberdade de escolha e um respeito também diante do que eu não quero dizer. Então a gente vai levando. A gente vai andando por um caminho cheio de bifurcações do qual você não faz ideia de onde vai dar, mas seu único desejo é que todo mundo chegue bem. Que todo mundo chegue lá.

Pensando nisso tudo eu joguei uma pergunta no twitter antes de começar esse texto:
O que a gente faz com as respostas de perguntas que não são nossas?
Acabei tendo algumas respostas do Ricardo Maruo (que engana todo mundo falando que trabalha com redes sociais, mas que na verdade é um super filósofo rsrs). Em um dos tweets ele me respondeu com uma outra pergunta: "Como impedir que uma gota d'água despareça ao sol?". E disse mais: "(...) Já pensou em não proteger nada, desapegar geral, e apenas jogá-las no oceano?. Eu respondi que havia pensado nisso, mas que se a joga-se no oceano, não poderia impedir que evapore. Mas ele não se contentou - e com razão: "Mas a gota estará livre. Ou pelo menos... menos presa as convenções do que nos bloqueia. Estará no oceano de possibilidades." .
Confesso que esses tweets me fizeram pensar.
Sim, eu apenas estou tentando ser uma gota livre.

E pra acabar, deixo uma frase da Fernanda Mello:
"Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora,
pra ninguém desconfiar.
Mas por dentro eu deliro e questiono."

É isso.
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domingo, 27 de novembro de 2011

Na prática.

Já é domingo. Não gosto muito de domingo, confesso. Mas dessa vez, acho que gosto mais do domingo do que da semana inteira que se foi, um pouco lentamente. O motivo? Não sei. Ou sei, sei lá, e não gosto de admitir pra ver se isso vai embora. Isso que não tem nome. Talvez não existam palavras para tudo no mundo como dizem. Por isso, não me peça pra explicar. Você ficaria me olhando com uma cara de "que bobagem". Mas cada um sabe das bobagens que mais lhe atingem. Em cheio. No peito e pertubam a alma (e também fazem o corpo pedir por um doce - sim, uma vida mais doce - urgentemente, gentilmente). Apenas finja que me entende quando eu disser que tenho me sentido estranha, confusa e um pouquinho frustrada. Logo eu que dou risada, falo besteira e tenho uma coleção de frases que deixam a vida mais colorida. Na teoria a gente escreve, apaga, conjuga verbos, forma frases, ilustra a página... Mas na prática, a gente apenas sente e, ás vezes, não sabe muito bem o que fazer com isso. Não sei se é porque o ano está acabando e eu não estou exatamente onde gostaria de estar ou se é porque eu sonho demais enquanto durmo, ou porque minha paciência anda meio curta. Tudo isso, nada disso ou outras coisas mais. Acho até que, no fundo, eu só queria que aquela sensação de pisar em outro lugar, sentir outro cheiro, ouvir outro idioma, montar um novo álbum de fotografias, ter outras coisas que realmente valem a pena para me preocupar. Eu queria aquela liberdade com letras maiúsculas. Um ser livre de si mesmo. Será que você sabe do que estou falando? Não me olhe com essa cara, eu já entendi que você não faz ideia.


"Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim".
(Fernanda Mello)
*

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O que faz brilhar.

Eu ainda me admiro com alguns sorrisos pego de surpresa e abraços demorados. De gente que eu mal conheço. Eu observo sem que ninguém perceba. Do outro lado da mesa. Do outro lado da linha. Do outro lado da rua. Em outra conversa. Eu não sei o que eles falam. Eu não sei de nada, só sei do que vejo. Eu acho tão bonito. Alguns gestos andam em extinção. Eu fico maravilhada assim como se um biólogo, ou até mesmo nós, víssemos um mico leão dourado ou uma arara azul. Algumas coisas que faziam parte da vida e deixavam nosso mundo mais colorido estão se tonando cada vez mais raras. O sentimentos são comercializados no Natal e nas propagandas de margarina. Vivemos numa época em que a moda é economizar... mas dessa vez, não se trata de dinheiro. As pessoas economizam abraços, bom dias, surpresas, gentiliza, um silêncio na hora certa, bom humor, a audição, atenção, olharem que brilham. As pessoas ainda cantam debaixo do chuveiro? Eu me admiro quando converso com alguém e o mundo inteiro parece estar em paz. Geralmente são imposições e opiniões jogadas ao vento. Eu ainda me admiro quando eu olho para o céu e a lua, cheia ou em partes, está me olhando de lá. Da janela do meu quarto dá pra vê-la brilhando, rodeada de estrelas meio escondidas pela poeira. E toda vez eu me admiro. Como se, mesmo com sol, faltasse um pouco de brilho durante o dia. Eu abro a janela, deito na cama e fico ali tentando entender o que eu nem mais o que. Uma astronauta vagando pelo planeta Terra. De que mundo eu vim?


Imagem do fotógrafo Asit, tirada na Indonésia


"Educação e presteza são valores de primeira necessidade em qualquer setor.
Se isso parece elitismo, que pena. Não é."
(Martha Medeiros)

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Ps: Hoje é dia do músico. Alguém já imaginou o mundo sem música? Portanto  parabéns a todos que usam do som, uma arte e uma forma de expressão. Vocês que fazem a gente sentir, arrepiar, refletir, cantar junto, dançar esquisito ou até bonito. Vocês que nos distraem, que fazem a trilha sonora dos nossos filmes preferidos e das nossas vidas. Vocês com criações maravilhosas. Vocês que também fazem nossos dias brilharem. Eu poderia colocar um vídeo, mas é difícil escolher apenas um pra representar esse dia. Então sugiro que comemorem com suas músicas favoritas!


beijos mágicos


Um longo caminho...

"Você não sabe se você está indo ou vindo.
Mas, você acha que está no seu caminho"
 (Mirror - Lil'Wayne)

Ás vezes eu sinto sua falta. Seu jeito de tentar me animar em dias como hoje, em que nada parece se acertar. Algumas coisas mudaram e outras continuam iguais ainda sem uma solução. Ás vezes eu me sinto desarmada, caindo nas armadilhas da vida. Com as pernas cansadas e as mãos arranhadas. Você pode achar que é apenas um drama qualquer, mas tanta coisa aconteceu esse ano que eu nem sei mais como reagir. Então eu sorrio e digo que tudo vai ficar bem. Eu apenas estou aqui. Por um momento eu quero gritar. Será que você iria me escutar? Por um momento eu quero chorar, sentada, olhando pela janela, vendo a cidade passar por mim, mas de repente surgem tantas pessoas que a vontade passa. Se você estivesse aqui, eu me esconderia nos seus braços e tudo passaria mais depressa. Eu dormiria e no outro dia, tudo estaria bem melhor. Mas você não está e eu não te traria de volta. Eu não tenho tantos poderes. Eu não posso mudar decisões que não são minhas (ás vezes nem as minhas), então eu sigo em frente torcendo para que fassemos as escolhas certas.  Eu fico torcendo para que chegue logo a nossa vez. É um logo caminho, você já sentiu isso? É sempre um longo caminho. Você ainda sabe para onde está indo? Porque hoje eu me senti perdida no meio do meu dia, tentando encontrar o caminho de volta. Ás 17h30 eu voltei para casa. Vi minha imagem distorcida no vidro do metrô e eu quase não me reconheci ali. Tudo parecia estranho. É sempre um longo caminho e eu estou tentando encontrar maneiras de seguir para onde quero chegar.


*

sábado, 19 de novembro de 2011

É BOM...

" ...E como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade
Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você
Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não realizar"
(Bom, Ruim, Assim Assim - Pedro Bial)


 Bom encontrar gente que você nunca viu, de propósito. Ou ficar mais de dez minutos por perto de quem você conhece pouco. Bater um papo. Não que você tenha que saber de tudo e de todas as verdades, isso requer paciência, simpatia e boa vontade. (Fique) á vontade. Escolha sua bebida. Pode ser suco de fruta, coca com gelo e limão, cerveja, cachaça e licor de jabuticaba... Tem pra todo mundo. O que você quiser. O que você quer ser. O que você é.  O que? Tem o mundo inteiro pra desvendar. Mundos particulares - ou não. Traços individuais registrados no papel. Será que estamos enxergando a mesma coisa? Por um momento eu percebo que sim. Traços que muitas vezes quem te conhece desde pequeno nunca reparou. Nem igual, nem diferente. Apenas um ser, ali. Nem passado, nem futuro. Apenas sendo o que se é.  Entre palavras, risadas, desenhos, goles e petiscos. Depois de um dia quase inteiro, depois de bons abraços de despedida, volto pra casa com a sensação de que isso me valeu o dia, se não, uma semana inteira.


Resumindo:
Ganhei bons momentos e meus olhos retratados pelo Engelmann hoje ;)
Ele desenhou meu rosto inteiro, mas como disse que não gostou da boca, resolvi postar só os olhos, que por sinal, agradecem a homenagem!



Eu vim no metrô segurando esse desenho (eu não dobrei, nem enrolei viu Engelmann! rs) e pensando em como a arte tem o poder de nos revelar (as coisas como realmente são, ou nossa visão diante do mundo). O que pude perceber até hoje é que é impossível desenhar sem abservação. Acho bonito essa fase em que, antes do traço no papel, há uma preocupação em retratar as coisas simplesmente como elas são. Detalhes sobre você que, muitas vezes, quem te vê desde pequeno ou até mesmo você, nunca percebeu.

"O céu parece mais claro e até o cinza me traz um tom diferente:
é só um novo jeito de ver. Ou de me sentir."
(Fernanda Mello)

beijos mágicos.




sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Para não esquecer...

Todo dia é o grande dia.
Por mais que isso pareça clichê
Por mais que alguns dias sejam iguais
Todo dia é o grande dia.
Não se trata sempre de ganhar ou perder
Viver talvez seja o suficiente
Agora é questão de honra
tudo que você acredita
tudo o que você faz
tudo que te faz feliz
É um compromisso individual
Eu entrei por aquela porta de véu e grinalda
Eu me casei comigo mesma
Por agora é uma questão de honra
tudo que eu acredito
tudo o que eu faço
tudo que me faz feliz
Eu não vou parar
Eu não posso me abandonar
Eu olho para o espelho e vejo que essa menina de salto
é a mesma que ás vezes sai de tênis e moleton
Eu e ela no espelho
Viveremos eternamente até que a morte nos separe
Nós iremos mudar a cor do cabelo, o tamanho dos brincos
e talvez aprenderemos a nos alimentar direito
Baby, você estava certa quando cantou "I born this way"
Baby, você nasceu assim
E todo dia é o grande dia
Não se esqueça do compromisso que tem consigo mesma.

*

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Aceitar é ser feliz!

Semana longa. Muitas coisas para escrever, mas para muitas delas não encontrei palavras.
Bom, vou tentar mesmo assim.

Uma vez eu lia frase "Aceitar é ser feliz" em um dos textos da Fernanda Mello. Confesso que eu, inquieta que sou, não entendi muito bem quando li. Para mim, aceitar era sinônimo de se acomodar. Hoje eu penso que seja outra coisa. Ta ai a tal coisa que não consigo explicar direito.

Muitas pessoas falam em se aceitar. Eu concordo. Isso não quer dizer que você não possa melhorar. Sempre podemos nos tornar serer humanos melhores. Mas é preciso também aceitar o dia, desde quando você acorda até a hora que você se dá conta que já é noite e tem uma lua linda no céu pra contemplar (Sorte minha ter um quarto de frente pra lua!). E você aceita um convite quando te fazem sem colocar muitas desculpas no meio. Sua amiga te chama pra comprar sapatos em plena segunda-feira na Av. Paulista e você aceita. E você aceita o fato dela chegar a atrasada para comer aquele chocolate que você adora e ver vem e vai infinito de pessoas. No outro dia, você aceita que o metrô vai sempre lotado, que vai ter dias que você não vai estar 100% animada, mas que tudo bem, amanhã será melhor. Você aceita que não precisa ir pra casa correndo porque tem que estar com as unhas pintadas, você pode fazer isso lá pelas 22h (existem regras de horário) depois de tomar um banho ao chegar da sua aula de body combat que combate até sua ansiedade. Você aceita fazer novos amigos. Você começa a aceitar que ninguém é perfeito, incluindo você. Você aceita a paz que de repente surge pra te fazer companhia. Você aceita o fato do seu programa de tv favorito acabar 00h30 no outro dia você estar com mais sono, mas que no fim de semana você se recupera. Você começa a reclamar menos da vida, a aceitar mais o que ela te trás. Se tudo tem dois lado, porque a gente não descarta o lado ruim? Isso é um convite. Depois que você aceita, é preciso só mais um passinho pra começar a aproveitar (yes, we can baby!). Escrevendo essas coisas eu lembrei de uma coisa que a professora dizia na escola. Ela dizia que todos os alunos já iniciavam o bimestre com nota 10 e cabia a nós mantermos essa nota ou não. O que isso tem a ver? É a nossa vida. Já nascemos felizes e cabe a nós manter essa felicidade. Não vou mentir, tem dias que eu reclamo, bato o pé, xingo, passo por situações desconfortáveis, mas quer saber? Estou procurando aceitar até o que eu costumo disfarçar. Acomodar com o que incomoda, isso não. Mas que aceitar é ser feliz. Ah... isso eu estou descobrindo que é!

"Não podemos ser felizes se preferimos nossas ilusões à realiade.
A realidade não é nemboa nem ruim.
As coisas são como são, e não como gostaríamos que fossem.
Compreender e aceitar isso é uma das chaves da felicidade".
(trecho do livro: Breves encontros com Dalai-Lama - 108 reflexões para alcançar a serenidade)




Love is not a competition, but I'm winning!


Muita gente reclama que ainda não encontrou o amor. Vai entender. Se você ainda não encontrou alguém pra chamar de namorado, marido, companheiro ou sejá lá como quiser chamar, isso é outra história. Mas olha o amor ai. Na sua frente. Na frente do seu nariz! Não, não estou chamando o amor de palhaçada. Estou chamando o amor de pai, mão, amigo, amiga, irmão e até de gente que você nunca viu como o Dalai Lama (Ontem passou o episódio de Chegadas e Partidas - GNT - quando ele desembarcou no Brasil e no sorriso dele tinha amor, eu vi!).
Essa semana disse que os homens utimamente estão de muito "mimimimi". Reclamando que as mulheres são interesseiras, que não dão valor aos bons homens, que acham que todos são iguais e blá blá blá. As mulheres fazem o mesmo: tentam encontrar defeitos no sexo oposto (Hey, vamos brincar de encontrar qualidades?). Todos vestem suas armaduras e ninguém se vê. Ás vezes eu fico me perguntando se o amor é uma competição. Sinceramente, acho que não. Espero que não. Homens não são melhores que mulheres ou vice-versa. Homens e mulheres são pessoas. Pessoas são cheias de defeitos, manias e qualidades. Pessoas deveriam ser menos classificadas por suas singularidades do que por pertencerem a tal signo, ou serem de tal altura, tal peso, terem tal cor de cabelo.
Por que é tão difícil para algumas pessoas encontrarem alguém para tamparem sua panela de pressão? Eu não sei. To aqui solteira e não sei te responder, mas não acho que seja culpa dos homens ou das mulheres. Não acho que seja culpa- de ninguém.

beijos mágicos.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Bom dia!


domingo, 6 de novembro de 2011

"Se você me ama
Não vai me deixar saber?"
(Coldplay - Violet Hill)


Ás vezes eu fico me perguntando quais os motivos que ainda te prendem do outro lado
Eu poderia esbarrar em você ás três de uma tarde cinza
Eu poderia ver o céu se abrir olhando nos seus olhos
Você iria sorrir e eu descobriria que te conheço de algum lugar
E você ocuparia um lugar que sempre foi seu
Mas quem é você? Quem é você? Você?
Como um sussuro que atravessa seu corpo
Alguém que eu não se possa comparar
Talvez essa seja a reposta

- O prazer é nosso.
(Seja você quem for).

domingo, 30 de outubro de 2011

SER jovem
ser VOCÊ.


Ser jovem é uma das coisas mais legais de ser. É arriscar-se em alguma coisa, é se apaixonar, é sobreviver à desilusões, é não sossegar, é suar (literalmente), é ter assunto pra um dia inteiro, é ouvir música alta, cantar junto, é dançar sozinho no quarto e também com os amigos, é aquela bagunça organizada, é querer ter controle de tudo e descobrir que não tem, é aprender piadas, ter crise de riso (ás vezes na hora errada), cuidar dos cabelos e pintar as unhas (no caso das mulheres), é olhar menos para o relógio, é ter tempo - porque na verdade, nosso tempo é a gente que faz. Entre tantas outras vantagens... (Há desvantagens também, mas vamos deixar isso pra lá.).

Conheço muita gente que decidiu ser jovem. A idade não importa. Conheço uma senhora de 75 anos que faz aulas de street dance - eu com meu gostar de acordar tarde aos domingos já me senti mais velha que ela. Conheço gente de 31 que parou no tempo. Gente de 24 que ainda não deixou de ser criança. Vai entender. 

O que eu mais gosto na juventude é a rebeldia. Isso mesmo. Porque ser jovem também é descobrir quem realmente se é. Como já disse Fernando Pessoa "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Sabe esse tempo que ele cita? Ah meu bem, é a juventude.

É começar a filtrar a educação que nossos pais nos dão. Manter a distância de um braço daquela proteção que muitas vezes nos impede de aproveitar o lado bom de ser jovem. É começar a fazer próprias escolhas e descobrir o nosso próprio jeito de fazer as coisas (ou vários jeitos), mesmo que sua mãe insista pelo resto da vida para que as coisas sejam feitas do jeito dela - é assim com todo mundo. E nós se tivermos filhos, também seremos assim, disso ninguém foge.

Ser jovem não é ser santo. Está longe disso. Se fosse santo, seria um santo e não um jovem. Mas isso não significa que ser jovem seja algo ruim ou pecado. Eu por exemplo, nunca li a Bíblia. Me interesso mais por outros livros: Fernando Pessoa como já citado no texto, Cecília Meireles, Martha Medeiros e recentemente comprei um livro com 108 reflexões para alcançar a serenidade inspirado em breves encontros com Dalai-Lama. Nem por isso sou pecadora. Eu vou pouco a igreja, mas sempre que estou em um lugar tranquilo gosto de conversar comigo mesma, colocar meus desejos em dia, separar o que quero e o que preciso e agradecer por tudo que eu tenho. Nem por isso sou pecadora. Mas na última vez que fui a uma missa, comi á hóstia sem ter me confessado, me deu vontade, eu fui lá, peguei a fila, esperei minha vez e tomei a hóstia porque eu que me sentiria melhor assim . Pois é. Não leio a Bíblia, não gosto de igrejas e ainda comi a hóstia sem me confessar. Nem por isso sou pecadora. Pecado é roubar, matar, desrespeitar, egoísmo também é pecado (e dos feios!), ambição descontrolada, não perdoar, parar de sonhar, não amar a si mesmo, ter o ego maior que o coração,  insultar, maltratar pessoas, animais e a natureza.

Sinceramente, eu desconfio de quem deixa de ser o que é para seguir todas as regras e todos os padrões. E acho chato quem vira adulto deixando de ser jovem. São aquelas pessoas que escolhem sempre o mesmo sabor de sorvete, sempre a mesma marca de roupa, sempre a mesma cor favorita, sempre o mesmo corte de cabelo, sempre o mesmo lugar pra viajar, sempre os mesmos amigos, sempre a mesma hora... O mesmo de sempre, sempre. Ser jovem é uma mudança constante, sem culpa, cheia de descobertas, faxinas na alma e reconstruções. Ser jovem é ser você mesmo, com tudo que você tem direito! Como já escreveu Martha Medeiros em uma de suas crônicas: "Seja sempre você, mas não seja o mesmo para sempre".

Algumas pessoas dizem que a juventude passa rápido, eu discordo, quero ser jovem enquanto eu viver.
E desejo o mesmo pra você!

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"Vamos percorrer todo o caminho esta noite
Sem remorsos, apenas amor
Nós podemos dançar, até morrer
Você e eu, seremos jovens para sempre"

*


sábado, 29 de outubro de 2011

Palavras atiradas pelo ar
Você tenta disfarçar
mas logo dá pra perceber
Que seu coração ainda está quebrado
Embora você já não saiba mais porquê
De repente um dia vazio te faz pensar
Que algum dia isso pode mudar
Por que não mudaria?
Mas hoje é só mais um dia
em que você não faz mais nada além de planos
e escutar suas músicas favoritas


Espera que o sol já vem...
Eu poderia ter escrito um livro inteiro essa semana. Porque estou lendo com frequência e ler me inspira. Me faz olhar a mesma vida por diferentes "olhos mágicos", (ou talvez por um espelho como sugere o nome desse blog), fazendo com que o mundo ao meu redor gire em câmera lenta ou me faz prestar atenção em quantas pessoas conversam no metrô ao mesmo tempo. Presenciei alguma coisa que fez com que eu me perguntasse se o mal do século é tanta gente sem saber o que quer da vida. Bobagens aleatórias. Bem, não escrevi sobre nada disso porque não tive tempo suficiente (Escrevi sobre outra coisa, um texto sobre "ser jovem" que modesta parte ficou bem legal, mas que só poderei postar semana que vem). Depois do horário comercial, novos compromissos - dessa vez comigo mesma. Confesso que estava com saudade de suar e esforçar o corpo ainda que no outro dia ele esteja dolorido a beça. Mas eu gosto, sentir deve ser melhor que não sentir absolutamente nada. Sentir a vida também é sentir-se vivo - de um jeito ou de outro. Depois, quase todos os dias, perto da hora de dormir sou apenas eu e a voz do meu querido John Mayer. Yoga para meus ouvidos. Nunca pratiquei Yoga mas acredito que seja uma sensação parecida. Algo capaz de transportar o espírito para um estado de leveza. A semana inteira assim. Me senti um livro de crônicas ambulânte, onde tudo era capaz de virar história. Já a sexta foi diferente dos outros dias. Acordei 9:30 (luxo!) depois de ter ido me deitar a 1:40 me preparando para fazer com que tudo dê certo. Enquanto tomava meu café da manhã que na verdade era suco da manhã, minha mãe escutava Nova FM quando Renato Russo começou a cantar: "Mas é claro que o sol vai voltar amanhã / Mais uma vez, eu sei / Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã / Espera que o sol já vem. (...) Se você quiser alguém em quem confiar / Confie em si mesmo / Quem acredita sempre alcança!". Uma coisa eu posso te dizer... Sol não faltou no meu dia e eu acredito.


*

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

2012 está ai. Já tem propaganda de Natal na TV e as pessoas já começam a falar em amigo secreto. Não gosto de amigo secreto, pra mim, amigo tem que se mostrar, mas isso é outra história. Hoje quero escrever sobre aquela sensação de que o ano passou rápido. Rápido não. Voando, como um cometa. Quantos desejos você fez? Realizou? Não posso reclamar, realizei muita coisa. Fiz cursos que eu precisava, conheci pessoas que nem imaginava. Refiz amigos. Mudei de emprego. Tive uma coluna minha impressa numa revista. Fiz mais coisas por prazer (ou por questão de honrar a mim mesma). Quer remuneração melhor que isso? Também comprei mais roupas novas, alguns sapatos. Cores novas de esmalte. Mudei a cor do cabelo. Vivi coisas inéditas. Tive sensações loucas como quando saltei de pára quedas. Fui a uma praia que me tirou o fôlego de tanta beleza. Escalei um pico que me deu medo. Superei. Nesse mundo de panelas sem tampas, fui a dois casamentos e até o ano acabar, serão quatro. E mesmo que não seja uma realização minha, ver o mundo se realizando já me vale muito. Chorei mais que nos outros anos. Dei muita risada também. O humor nos salva nessas horas, pode acreditar. Fiz boas faxinas na alma. Cansei. Aprendi a ser irônica, um pouquinho. Descansei. Recomecei. Sai mais sozinha. Sai mais acompanhada. Fui aos shows que eu queria. Fui mais ao cinema. Li livros de ficção. Bati de frente com a realidade. Vivi muito mais que sobrevivi. Ou as duas coisas ao mesmo tempo. Não fiz tudo que queria, afinal, eu sempre quero mais (não muito). Não entrei na aula de Yoga, nem eliminei todos os quilos que queria, nem tive a sorte de um "amor tranquilo com sabor de fruta mordida", apenas um alarme falso, ainda não saltei de asa delta pra ver o mundo de cima, nem continuei a meditação que  me propus a fazer antes de dormir - isso deve ter durado uns quinze dias. Estabeleci prioridades. Treinei o "jogo de cintura". Fui fiel a mim mesma. Se a intenção desse ano era me preparar para uma batalha interna. Parabéns pra mim, o desafio foi cumprido. Perdi alguns rounds. Tive que abrir mão das minhas aulas de dança, do meu ego, dos meus doces por algum tempo e até um pouco da minha cordialidade para que algumas pessoas entendessem a diferença entre boa e boazinha. Apanhei (no sentido figurado da palavra). Mas no final das contas, ganhei. O prêmio? Acho que não consigo descrever, ou simplesmente não posso. Deve ser algo parecido com um divertir-se por dentro. Um abraço forte de despedida no passado. Um sorrir para o futuro. E um amor verdadeiro pelo presente. Algo que não pode ser revelado em foto alguma, apesar de tanta tecnologia que temos por ai. O melhor de tudo é que esse prêmio não acaba, não enquanto eu existir e for insaciável. Por isso quero mais. O ano que vem é apenas um detalhe. Comprei dois livros para renovar o repertório da alma, recomecei a dieta (que seja boa enquanto durar e depois também...), vou voltar para aulas de ginástica e quero mais. Meu réveillon já começou. E eu vou comemorar todo dia. 
Um brinde a tudo!


"Cada um escolhe o topo a que quer chegar. Nossas metas também são altas, e quando as alcançamos, inventamos outras, como uma maneira de não morrer em vida."
( A avalanche foi sem querer - Martha Medeiros)
*

domingo, 23 de outubro de 2011

Justificativas.
- E ai, tudo bem? Que horas você chegou?
- Tudo. Agora pouco
- Nossa
- Mas não fiquei trabalhando até essa hora, trabalhei até as cinco e depois fui na Paulista com uma amiga.
- Mas quando for assim avisa. imagina se a sua mãe estivesse em casa, ela ia ficar preocupada...
- Não avisei porque sabia que vocês iam sair
- Mas mesmo assim é sempre bom avisar
- Eu sempre aviso, não aviso?
- Só to falando que...
- Eu sempre aviso, não aviso?
- É que quando...
- Eu sempre aviso, não aviso?
- Tá!

"Se você entendeu o que eu disse, pra que complicar?"

Moral da história:
(  ) - As pessoam me cansam mentalmente.
(  ) - As pessoas perdem tempo com coisas que não aconteceram.
(  ) - As pessoas só começam a absorver uma informação simples depois de ter escutado pela terceira vez.
(  ) - O livro que comprei hoje: "Breves encontros com Dalai-Lama - 108 para alcançar a serenidade" foi um bom investimento.
(X) - Todas as alternativas anteriores.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta para uma amiga.

Lembra quando a gente se esbarrou no primeiro dia da faculdade? Eu perdida como sempre e você com o suco na mão - como sempre. Queria te pedir desculpas por, depois de um tempo, te fazer substituir o suco por Milk Shake de vez em quando. E te agradecer pelo mesmo motivo também, pela companhia. Eu sinto falta daquelas noites que a gente conversava, dava muita risada, reclamava um pouco (ou muito na época de trabalhos), cantava (mesmo sem saber a letra), via os signos na tv no ônibus voltando pra casa... Ou melhor, você via o seu signo, porque o meu raramente passava. Também quero agradecer por quando você exigiu que a coordenadora colaborasse para meu retorno na faculdade, aquele semestre, mesmo eu tendo faltado quase 20 dias por causa do intercâmbio. É... eu voltei. Por no meio de trabalho, noivo, gastrite e coisas do casamento você dar um jeito de ter uma tarde de sábado comigo, como aquela vez que fomos ao shopping, encontramos o budah, almoçamos, tiramos fotos no provador e gastamos um pouquinho. 

Eu acho tão bonito quando a gente se chama de AMIGA, sabia? É tão natural e a palavra faz tanto sentido por vários motivos. Um deles é que quando você pergunta se estou bem, é de verdade, não só por perguntar. Porque você respeita as pessoas como elas são e não as fica comparando com o resto do mundo, você nunca me julgou (nem quando eu fiquei com o... deixa pra lá, menino estranho! rs), você sempre me ouviu, nunca se intimidou com meus defeitos e, de vez em quando, até ria deles fazendo com que eu lidasse melhor comigo mesma. E eu espero, do fundo do meu coração, ter agido da mesma forma com você.

Domingo foi seu chá bar (a propósito, você estava linda vestido de menininho! rs) e eu comecei a lembrar de tanta coisa... Do dia que você me contou que tinha ficado noiva e eu fiquei tão orgulhosa, tão feliz por você. Te desejei (e continuo a desejar) o maior amor do mundo. Você merece amiga. Merece mesmo e por próprio mérito, porque nesses anos que a gente se conhece, eu nunca vi você sendo outra pessoa além de você mesma. É tão difícil isso hoje em dia. Tem gente que é simpático com os vizinhos, engraçado com os amigos, generoso com a família... Mas você não. Você usa todas suas qualidades juntas com todo mundo. Você é minha amiga Luciana Duarte e não se fala mais nisso. Por isso você merece essa luz que há dentro de você, merece o Vital ao seu lado, merece a família maravilhosa que tem da qual me sinto parte toda vez que os vejo, merece alcançar seus objetivos profissionais e pessoais. Merece uma vida repleta de momentos maravilhosos que dinheiro nenhum possa substituir.

Eu tinha te dito que só vou no casamento se eu pegar o buquê, mas por mais que a situação amorosa por aqui esteja difícil e, por mais que, a voz daquele seu amigo seja sexy demais (só a voz não, mas deixa pra lá... rs) o que me incentiva ainda mais brigar pelo buquê, é claro que eu irei POR VOCÊ. E farei questão de te aplaudir em todas suas conquistas, e CELEBRAR todas as etapas da sua vida, para ser cúmplice dos eventos surpresas que você é sempre a última a saber - afinal é SUPRESAAAAA!! rs. E se precisar de uma forcinha para tirar as pedras que, ás vezes, aparecem pelo caminho, você pode contar comigo. Porque por mais que a vida nos ocupe, mude nossos status, nos arrume um emprego que nos faça acordar mais cedo, entre tantas outras coisas que acontecem tão rápido, eu sempre vou querer te chamar de AMIGA.


Há! A prova de que eu estudava e você conversava...
 
Sempre no meu coração!

Hollywood que nos espere.

Todo mundo estranho nessa foto kkkk... Mas amizade é isso...
É estar junto até em momentos como esse!! kkkk
  

Moral da história: Amo você amiga.



sábado, 15 de outubro de 2011

Apenas assim e isso é quase tudo.

"Se você entendeu o que eu disse, pra que complicar?"
Ps: A frase acima eu ouvi no filme Amizade Colorida do qual assisti hoje. Gostei!

...Falando nisso a música abaixo é da trilha sonora do filme,
mas eu "roubei" pra também ser a trilha sonora desse post.

Não é tristeza, é apenas um cansaço diante de certas repetições. Foi assim essa semana. Um cansaço sentimental e um desejo de me livrar disso. Uma sensação de que não há muito mais o que se fazer, e que o jeito é engolir a realidade ou continuar sonhando, continuar vendo filmes com final feliz. Tudo bem clichê. Mas parando pra pensar, essa é nossa vida: uma coleção de clichês, um museu de aprendizados e um crer que no final tudo vai dar certo. (Vai dar certo, não vai?).
Verdade seja dita. Nós sabemos muito menos do que juramos saber. Nós sentimos muito mais do que aparentamos sentir. Nós acordamos cedo, enfrentamos transporte superlotado,  pagamos nossas contas, nos esforçamos para colocar um okay em todos os itens da lista de tarefas do dia, aguentamos salto alto, desculpas esfarrapadas e discursos pra lá de repetidos. Ainda temos que colocar o quarto (ou uma casa inteira) em ordem, temos que nos manter bem humoradas e atualizadas sobre o que acontece no mundo... Mas no final do dia, nos descobrimos frágeis. Algo quase inadimissível nos dias atuais. Temos que esconder isso, porque se alguém descobrir já era. Se alguém descobrir nossa fragilidade, todas as qualidades que mostramos (mesmo sem perceber) serão esquecidas e seremos vistos como pessoas que possuem problemas emocionais que nem Freud explica. É assim com todo mundo (é assim mesmo com todo mundo?).

Ontem eu me levei pra dançar, hoje me levei ao cinema e assim eu vou levando, todo dia eu sigo para algum lugar. Ás vezes me pego sentada em frente a janela do meu quarto olhando pra lua, ás vezes fico planejando viajar, ás vezes eu embarco em uma música, ás vezes é só rotina, outros dias onde o vento levar... Seja onde for, sou sempre eu, comigo mesma - inteira - em todo lugar.



"...é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente
– as razões têm essa mania de serem discretas."
 (Martha Medeiros)
*

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

JUST MOVE ON...

"Eu quero o diferente.
Cansei de pessoas iguais, sonhos iguais, modas iguais, conversas iguais"
- Caio F Abreu



As reclamações são sempre as mesmas.
Eu não consigo esquecer. Estou magoada(o). Tentei ficar com outras pessoas, mas é uma bosta. Ele(a) ainda vai voltar, vai se arrepender. Me senti usada(o). Ele(a) ainda sente algo por mim, eu sei. Não consigo gostar mais de ninguém. Só dá valor quando perde.
Quer saber? Todo mundo já deve ter dito alguma das frases acima pelo menos uma vez na vida. Eu não fujo da regra. Mas to cansada dessa história toda. De ouvir sempre os mesmos dramas de quem no final das costas, sobrevive - e muito bem por sinal.
Vamos simplicicar?
Quando você começar a ter foco na SUA vida e na SUA felicidade, você esquece. Não precisa abolir da memória, mas também não precisa deixar que os sentimentos virem fantasmas pertubadores. Tentar ficar com alguém pra esquecer outra pessoa NUNCA vai dar certo, porque você não consegue enxergar outro motivo para estar com alguém a não ser esse. Ele(a) NÃO vai voltar e NÃO vai se arrepender - até que a vida prove o contrário. Ele(a) pode até sentir algo por você, mas isso não é suficiente para querer ficar com você. Se achar que esse sentimento seja carinho, não aja de um modo que o transforme em pena. Pense MIL VEZES antes de reatar com alguém que não te VALORIZOU enquanto estava com você. NÃO ache que você pode TER uma pessoa, porque antes de você sempre houve uma vida, uma família, uma história, hobbies, manias... NÃO tente mudar ninguém. NÃO mude para agradar - será falso. NÃO se limite a gostar de apenas uma pessoa (mesmo ainda estando com ela). Existem diversas formas de amar. Você pode amar sem ter que beijar na boca. E você pode amar de novo e beijar na boca. O AMOR não está em ninguém, está DENTRO DE VOCÊ. Isso é bem clichê mesmo, porém uma super verdade - aquelas que a gente demora um pouco pra compreender. Essa coisa de amor a primeira vista até existe, mas na maioria dos casos temos que estar dispostos a CONHECER as pessoas com a MENTE e o CORAÇÃO abertos para que possamos SENTÍ-LAS.



ANOTOU? DECOROU? VAI USAR ISSO NA TUA VIDA? Me diz que sim, porque quando eu conversar com você eu quero ouvir mais COISA BOA que ruim, mais AGRADECIMENTOS que reclamações, mais MATURIDADE ao invés de atitudes de criança que esperneia porque perdeu o brinquedo preferido. Quero saber dos seus PLANOS (se não tiver um, a gente inventa). Quando eu me encontrar com você, quero que me conte de TODAS OUTRAS COISAS que te fazem FELIZ.

A vida nos dá alguns NÃO'S' pelo meio do caminho (porque as vezes nós queremos demais!). O que realmente faz a diferença é como reagimos a eles.

E se um dia eu te encontrar e tiver triste, reclamona, de cara feia, por favor ME DÊ CHOCOALHÃO, ME SACODE e ME FAÇA LEMBRAR de tudo isso okay! 


"Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém"
 - Caio F Abreu
*