sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O que eu queria,
o que eu ainda quero,
e o que eu não quero mais.
    

     Eu queria um All Star todinho de lantejoulas pretas pra pular esse carnaval aí, que agora aparece em todo lugar. Eu queria pular, mas de outro jeito. Pular de estação. Enganar o tempo - que essa semana parece não ter fim.

      Eu queria pular para São Longuinho caso ele me ajudasse a me encontrar em você. Eu queria pular essa ansiedade de querer que as coisas se resolvam logo. (Ainda não entendo o motivo de tanta espera, de pensar tanto naquilo que o coração já sabe). E "as coisas" insistem em andar na corda bamba. Haja equilíbrio! Eu queria pular essa fase, mas não dá.

      Eu queria acreditar mais nas possibilidades que crio na minha cabeça, mas não dá. Eu pulei pra realidade. E aqui, meu bem, a realidade é outra. A dor é forte, e a alegria é extrema. Aqui eu sinto. Você sente? Eu não sei. Não sei nada de você. Se você é real, ou se eu te inventei pra mim - assim imperfeito - pra me enganar mais facilmente. Eu queria pular todas as coisas que eu odeio em você e todas as coisas que eu odeio em mim (e que talvez, você adore), mas uma coisa que não sou é injusta. Sou inteira.

      Eu queria de comer algo bem gostoso, mas estou de dieta. Eu queria dormir, mas tenho que ficar acordada. Eu queria ver filme, mas tenho curso durante a noite toda. Eu queria um MAC pra trabalhar, mas está muito caro. Nem tudo é como a gente quer... Pelo menos não agora. A minha vida já é assim. Eu abro mão do meu sono, do meu ócio, da minha vontade de rodar o mundo para alcançar as coisas das quais tanto quero...

       Eu, aqui, cansada. Você vem me falar coisas bonitas, mas  tudo tem que ser do seu jeito, no seu tempo, na hora que você quer falar, na hora que você quer agir. E meu querer? Onde fica nessa história toda? Depois disso, já nem sei se quero mais. Isso mesmo, "brochei"! Eu só queria ser mimada um pouquinho. Seria fácil você fingir, seria fácil me fazer alegre. Mas eu já estava quase me esquecendo... Eu pulei para a realidade, lembra. Quase bati com a cara no chão, mas estou aqui... Mais Tatiana do que nunca!

      Ainda tem uma parte de mim que está feliz, vaidosa, inspirada e o melhor: esperançosa... sei que no final das contas, as coisas dão certo! Até que existir essa esperança dentro de mim, você pode ter certeza de que eu não irei parar. Não vou parar de acreditar, de querer e de sentir (mesmo que doa), não vou! Não vou parar para lhe dar a atenção que, na verdade, sou eu quem preciso. Porque no final das contas, sou eu comigo mesma. E quando você não está aqui, eu preciso de mim.
...Eu não quero muito, eu só quero mais.


"ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor ..."
(Caio F. Abreu)

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Toda essa curiosidade
Que você tem pelo que eu faço
Eu não gosto de me explicar..."
(Independência - Capital Inicial)

PRA NINGUÉM ENTENDER

   Você não precisa me entender, eu não quero. Não gosto de dar respostas o tempo inteiro, nem de ouvir muitas opiniões quando eu já tenho uma certeza dentro de mim (ás vezes é tão difícil escutar o coração por causa do barulho que as pessoas fazem na nossa vida...).Se você me escutar e contar uma história sua depois, já me vale uma conversa inteira. Eu não preciso te convencer a nada - vice-versa. O diferente também pode ser comum, não pode? No meu mundo, pode! Pra mim sempre tem uma reticências. Sempre pode haver mais do que aquilo que todo mundo decorou. No meu mundo, pode! 
  
"GRIFEM. E DECOREM. Felicidade a gente SÓ encontra dentro da gente." (Fernada Mello)

   Entra inverno. Entra verão. O São Paulo Fashion Week dita moda e causa alvoroço com astros de Hollywood. Tudo muito bonito. Tudo muito status. Mas eu ainda pefiro vestir aquela roupa que nunca sai de moda e desbanca o pretinho básico: A Felicidade! Não importa o sapato, o cinto, a bolsa, a roupa, o cabelo... a felicidade combina com tudo. No meu caso, combina com um show de rock, com um fim de semana comigo mesma (o que não tem nada a ver com solidão), outros fins de semana com pessoas contagiantes (no bom sentido, claro), com uma ideia nova, com vontade de crescer na vida, de mudar o jeito de arrumar o cabelo, de resistir à tentações para colocar um fim nas gordurinhas, com uma escolha nova no menu... Já foi o tempo em que eu não limitava a ação das pessoas diante da minha vida e colocava tantos limites em mim. Já se foi o tempo... E o tempo continua a passar bem depressa pra gente ficar de enrolação com a felicidade, não acha?!
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    Com quase 21 anos, duas tatuagens, um signo teimoso, uma rotina de gente grande, alguns tropeços e uma vontade enorme de tanta coisa... eu tento ser fiel a mim mesma. Nem que para isso eu tenha que mudar de ideia algumas vezes, deixar algumas coisas para trás, engolir a realidade e mergulhar em sonhos. Aceitar cada parte boa e ruim dentro de mim. (Uma vez eu li que "Aceitar é ser feliz!"). Reconheço que se eu não for inteira, perco a força.
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   De um tempo pra cá, resolvi mergulhar em mim, e eu encontrei coisas maravilhosas que você talvez nem conheça. Talvez você não entenda. Mas não precisa entender, eu já disse - não a todo instante. Porque nem sempre eu te entendo e eu não me culpo, eu não te culpo. Somos assim. Não precisa se assustar com minhas reações diante de mim mesma, com minha verdade. Se eu te tratar de outro jeito, mudar nossas conversas, rir sem motivo e chorar quando o coração apertar... Será apenas para chegar perto de mim e essa será eu, apenas eu - sem aqueles rótulos que eu odeio, sem ser certa ou errada, sem a obrigação de cumprir suas expectativas, sem julgamentos sem sentido.
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   Falando em coisas sem sentido... Ah... não me pergunte o que as coisas significam. Tenho várias teorias, vários pensamentos interligados que você nem ousaria em decifrar. Por isso fico meio sem jeito em começar a falar sem parar. Eu não quero te convencer a nada. Crie suas próprias teorias (já que fará isso de qualquer maneira), por mim tudo bem, contanto que diga que são suas. É impossível controlar o outro. As pessoas são livres independentemente do estado civil que carregam consigo. Mas isso não impede que haja um sentimento por elas. Não dá pra te levar comigo pra todo lugar que eu vou (até porque, às vezes, fico distante desse mundo...), e sua mente e seu coração são livres (mais do que você supunha) para viajar. Ás vezes, passamos pra dizer que temos saudades. Eu não sei quando você parte, quando você volta - inteiro ou pela metade. Disso, eu mal sei de mim. Mas não tenho medo, estou aqui pra me arriscar, pra me riscar de batom e grifar meus desejos. Por mim, pela felicidade.
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   Como Buda já dizia: "Onde quer que viva, esse é o teu templo, se o tratar como o tal". Pois é... Aonde quer que eu esteja, tenho momentos meus que não abro mão. Essa é a minha liberdade refletida em coisas distintas. Apreciar o pôr do sol, uma música no carro olhando o som da paisagem, fico olhando a lua da janela do meu quarto (essa semana o céu estava lindo!)... Qualquer coisa que me traga paz. Acredito que isso também seja uma forma de oração, levando em consideração que Deus está em todas as coisas. Não gosto de igrejas, por não concordar com a religião, mas tenho uma fé. Rezo - do meu jeito - com o mundo lá fora, faço confissões a mim mesma e, ás vezes, antes de dormir eu falo baixinho... Esse é meu templo. Sem discípulos, sem regras, sem pecados a serem julgados e sem santidade.

"Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora"

(Pra Rua Me Levar - Ana Carolina )

 
A LIBERDADE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ!

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