quarta-feira, 30 de maio de 2012



"Brigar pra quê se é sem querer. Quem é que vai nos proteger? 
Será que vamos ter que responder pelos erros a mais, eu e você?"
(Será - Legião Urbana)

  
  Hoje eu quero falar sobre generosidade. É estranho como essa é uma palavra pouco dita em nosso dia a dia. Pouco exercida também diante do que poderíamos. Ontem, eu escutei “isso é ser generoso” e achei bonito. Generosidade é dois, é presente, é sensibilidade, é percepção, é doação, é tanta coisa e também é difícil definir, mas a generosidade nunca joga sozinha. 

  Descobri que não sou muito generosa. Pois é, eu até achava que era, mas eu me confundi. Sou sensível e tenho uma boa percepção - o que também faz parte - mas generosidade é isso e mais um pouco. Um pouco fundamental.

  Eu sou um, sempre me estressei com trabalhos em grupo desde a infância. Sou mais futuro que presente, ás vezes, deixando passar as coisas de agora. Por esses motivos, me doar não é tão fácil, consequentemente, ser generosa também não.

  Descobri ontem na oficina de clown. Era um exercício de improvisação. Uma batalha nada séria entre nós guerreiros. O guerreiro me batia com uma guitarra imaginária e eu não caía, pode isso? Eu não queria cair, eu não queria morrer, eu queria tentar ser engraçada. Então, eu ficava pensando numa forma de tentar virar o jogo ao invés de ser generosa com a cena, com meu parceiro e com o público. Eu não tinha que necessariamente ser engraçada, eu tinha que colaborar para que a cena fosse. Tudo que eu tinha que fazer naquele momento era ser generosa.

  Quando eu falo que ser palhaço não é tão simples, é porque muitas vezes é difícil abrir mão do ego e apenas ser generoso.

  No começo do texto eu disse que a generosidade é pouco exercida diante do que poderíamos. É verdade. Pois isso não é só coisa de palhaço. É coisa de todo mundo. É dar passagem pra facilitar o trânsito, ficar ao lado direito da escada rolante, é colocar gelo na forminha quando está no fim, é dividir as quatro bolachas do pacote, é valorizar o trabalho alheio e assim por diante e um pouco mais que isso.



beijos mágicos e generosos.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dizem que sou meio camaleoa. Cama. Leoa. 
Mudo o cabelo, o caminho, as palavras e as escolhas.
Adaptar-se nem sempre é tão fácil assim. 
Talvez eu seja mesmo camaleoa. Talvez, nada disso seja a toa.


*

terça-feira, 22 de maio de 2012

A volta

Não por falta de coisas a pensar, mas essses dias estava caminhando até a vendinha perto do trabalho e comecei a pensar no fim das sacolas plásticas. Estranho admitir que por alguns instantes voltei a um passado que não vivi. Ainda tinha sol ás seis da tarde, como se fosse três. Flores abertas trilhavam o caminho da rua como se estivessem na primavera dos livros de primário. As pessoas caminhavam  em seu próprio ritmo, sem pressa. Olhavam umas para as outras. Sorriam e desejavam boa tarde. Passei em frente a quitanda de algum senhor chamado Pedro ou João, vi verduras frescas, salsinha verdinha. O leiteiro que entregava duas garrafas de leite na casa ao lado limpava o suor com um pano que carregava no avental. Continuei andando. Desviei das crianças pulando corda na calçada e depois das que jogavam amarelinha. Algumas mulheres estendiam lençóis brancos e floridos no varal. Apesar do sol, havia vento e os lençóis dançavam. Cheguei até a vendinha, voltei com a compra num saco de papel. Voltei pensando que talvez, algumas outras coisas além dos sacos de papel e das caixas de papelão, tenham que voltar a nossa rotina, para voltarmos aos bons modos e boas paisagens de antes.


"No passado está a história do futuro." 
(Jean Donoso Cortés)

*

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Meu verbo.

Quero fazer aulas extras de Clow. Quero fazer oficinas tipográficas e um workshop de um único dia que me custam quase meio salário, com um cara fodão. Quero uma paleta com muitas cores de sombra. Quero ir ao Elvis Experience (veja aqui). Quero um livro chamado "Grids – Construção e Desconstrução" para aperfeiçoar meu trabalho e fazer coisas diversificadas para meu portfólio. Quero meu portfólio cheio de coisas de uma vez por todas! Também quero um livro de crônicas da Martha Medeiros pra passar o tempo. Quero vários lenços de pescoço mais conhecidos como echarpe. Quero voltar naquela loja onde eu encontrei vários deles por apenas dez reais. Fiquei morrendo de vontade de ir ao show da Madonna, mas boatos de playback logo tiram minha vontade. Quero ouvir o cd novo do John Mayer inteirinho e prestar atenção no que elas dizem.

Foto da divulgação do álbum Born and Raised - John Mayer

Ta vendo, eu não me contenho, quando vejo, to querendo.
Preciso me organizar, preciso fazer meu dinheiro render, preciso me desdobrar.
Ou apenas preciso parar de pensar em tudo isso e simplesmente ir, fazer, dizer...
Praticar a ação do meu verbo querer.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

De uma vez por todas, o mundo não é pequeno.

Hoje, voltando pra casa comecei a pensar nessas pessoas que adoram opiniões formadas e parecem saber de muita coisa do mundo. Quase não te deixam falar e sempre possuem um argumento meio rude ou querendo dizer que de qualquer modo você está errado(a). Conheço gente assim. Não vejo com certa frequência e quando vejo, prefiro ficar na minha. Porque se contrariar e se sentir ofendido, é drama pra todo lado e dá bosta. Mas, continuando... Não consigo entender o motivo das pessoas agirem desse modo. Sabe por que? Porque o mundo, além de ser grande, bem grande, não é um só. Sim, estou falando do mundo que a gente vive. Mas o mundo que eu vejo sempre será um pouco diferente do seu, do dele, e dos outros. Todos nós vivemos de modo particular, temos uma cultura dentro da nossa própria casa, da nossa própria profissão, dos lugares que frequentamos. O meu mundo é diferente do seu que vive em outro lugar, com outras pessoas e possui outra rotina. Isso não significa que um esteja certo ou errado. Tem lugar pra todo mundo, para opiniões distintas. Então, será que é muito difícil tomar uma dose de humildade e ouvir mais as pessoas, reformular ideias e respeitar opiniões? Não importa quem é mais velho, mais experiente, mais sei lá o que. Não importa se você diz ter visto muita coisa, eu aposto que tem muita coisa que eu vi e você não viu. Empate! O mundo gira, muda, até as coisas que não mudam, se modificam. Nós, serem humanos sempre estaremos empatados, mas o mundo... o mundo é muito maior que a gente.

O que se passa e o que fica.

Dia das mães passou e eu tenho uma história triste para contar. Tenho uma vizinha que foi abandonada pela filha que mora num bairro ao lado. O abandono aconteceu porque minha vizinha não queria sair da própria casa e ir morar com a outra filha que mora em MG. Ela se chama Odete (e ás vezes fazemos o trocadilho com omelete - sem que ela saiba), tem .. anos e está ficando um pouco debilitada devido a idade. Não tem forças para andar direito e enxerga mal. Ela gosta de ver futebol, mas esses dias comentou com minha mãe que decidiu ir dormir cedo, antes de começar o jogo. Na verdade, ela sabe a hora que minha mãe chega em casa e fica próxima ao portão para conversar um pouco, já que mora sozinha e não recebe mais a visita dos parentes.

Semanas atrás ela estava empolgada, pois a filha de MG iria visitá-la, até pediu para a buscarmos na rodoviária, mas a filha ligou e disse que não queria gastar 400 reais para vir a São Paulo. Não denunciamos as filhas porque ela seria mandada para um asilo, e essa é a última coisa que ela quer. Os vizinhos ajudam, a única cunhada dela também e ela vai vivendo.

Certo dia, minha mãe entrou em sua casa e ficou impressionada ao ver como o guarda roupa e os porta retratos eram antigos. Segundo minha mãe, dona Odete, como a chamamos, pegou o porta retrato com a foto do casamento dela nas mãos e começou a dizer: “Sabe Luiza, a moça que fez meu vestido de casamento também se chamava Luiza. Foi tão difícil na época, tudo era tão caro. Esse porta retrato eu paguei em três vezes. Eu sempre olho para essa foto minha e do meu velho. Ás vezes eu estou aqui sozinha, ai eu pego o porta retrato e falo com ele: ‘A meu velho, você me faz tanta falta, mas eu sei que eu não estou sozinha, sei que você está comigo’ e dou um beijo na foto”.

Esse ano foi o primeiro dia da mães que ela passou sem alguma das filhas. Ela disse que queria muito almoçar fora, então pediu a cunhada que a levasse, mas a cunhada disse que almoçaria com a filha, o namorado e a sogra da filha. Então, ela pediu a minha mãe que comprasse nhoque para ela. Tudo que ela pede, ela faz questão de pagar, mas, ás vezes damos coisas sem que ela peça e ela fica bastante grata, mas só aceita se realmente for necessário para ela.

Desde quando mudamos, nos avisaram que ela era encrenqueira e ela foi um pouco mesmo, implicou com as crianças na rua, implicou quando reformamos a casa e sempre foi daquele tipo super sincera que fala na sua cara que você engordou. Não sei como ela era com as filhas, não cabe a mim julgar, mas acho triste o abandono, a solidão, essa situação no geral. Talvez até mais que triste, me faltam palavras.

Por isso, nesse dia das mães, vale refletir nas coisas que estamos plantando agora, nos sentimentos, na maneira como tratamos as pessoas e no valor que damos a elas, principalmente em quem nos criou e também é parte do que somos.


Isso é tudo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Você 
...que está na minha lista de coisas delícias da vida
 e das pessoas mais legais do mundo. 

 Hoje eu queria que esse blog tivesse muitos leitores só para que eles soubessem o quanto você é especial. O quanto você simplesmente é. Você que apareceu do nada e passou o primeiro dia do seu emprego novo - agora já velho - do meu lado, fazendo emendas chatas. Você... que está na minha lista de coisas delícias da vida e das pessoas mais legais do mundo. 
  Você que segura minha bolsa quando estou com as mãos ocupadas. Que vai almoçar comigo porque estou morrendo de saudade. Você que me chama pra passar o ano novo num templo budista - e eu vou. Me levou pra dormir na sua casa e me emprestou sua roupa pra eu dormir. Eu estava horrível e mesmo assim você disse que eu estava linda. Ficamos conversando até cinco da manhã (cinco da manhã? não lembro direito), lembra? E nós somos lindos, taurinos e gostamos de livros. E a gente só mente quando sabe que o outro sabe que é mentira. Depois a gente ri. Aliás, eu já disse que eu adoro sua risada e o modo como você fala "Ai Tati..." em todas em entonações possíveis? 
  Você me segura pelo braço. Gosto de ver as coisas na vitrine ou na feirinha do Center 3 com você, mesmo quando não tenho dinheiro para comprar nada. Gosto de ir no cinema com você mesmo quando a gente dorme até a metade de Sherlok Homes 2 mesmo o filme sendo muito bom. Como foi bom ver o show da Florence and The Machine com você! Porque você não é daquelas pessoas chatas que não pulam, não gritam, não querem pagar mico e tem medo da vida. Você nem precisa ficar bêbado pra ser tudo isso - o que te torna ainda mais lindo. Você, tão palhaço quanto eu. Eu nas segundas e você aos sábados, ambos aprendendo a ser gente, tentando ser pessoas melhores nesse mundo. 
  Mas você também tem defeitos... usa aquela camiseta do Hannibal Lecter, que me dá medo, você também gosta de uns filmes estranhos de histórias cabulosas e só lê meu blog quando eu digo que escrevi sobre você ou algum assunto que você goste muito. Os outros defeitos, eu não conheço. Eu admiro sua persistência em não comer carne mesmo quando você quase morre de vontade de comer coxinha. Admiro seus valores, sua vontade de estudar letras, inglês, francês e ainda ter tempo pra ser gente social, antenado.
  E você não é um amor platônico como John Mayer ou Michael Bublé. por eles, eu suspiro, mas você é aquele que eu lembro quando to vendo algo na tv, quando vejo alguma coisa que você gosta, quando vou a algum lugar legal... Você é uma das pessoas reais que eu amo nessa vida, que eu desejo um bem enooooooooorme e que tudo dê certo lhe trazendo felicidade e mais felicidade. Você merece, merece mesmo! 
  Eu não sei quanto tempo isso vai durar, você e eu, amigos e até arrisco dizer quase um irmão pra mim, porque confesso que já tive amigos que eu achei que iria durar um tempão e que hoje eu quase não reconheço, mas gostaria de te agradecer pelo agora, pela presença e pelos presentes que eu ganho quando estou com você. Romântico demais? Pode até ser, mas eu não ligo, você não liga e a gente tem esse sentimento bonito um pelo outro. 
Sorte a nossa.

 Caio, parabéns por mais um ano de vida, por tudo que conquistou e se tornou até aqui, pela coragem, alegria, superações. Que sua vida seja repleta de saúde, realizações e também daquela emoção, esperteza e espontaneidade da Sophia Grace, do poder da Madonna, dos badalos e vida intensa da Narciza e do dinheiro da Val rs. 

"Just keep following! 
The heartlines on your head! 
Keep it up!
 I know you can"
(Heartlines - Florence and The Machine)





Resolvi postar uma foto da flor de Lótus 
que estava aberta quando a gente foi 
no Templo Zulai... 
É seu aniversário, que sua vida 
seja repleta de momentos bonitos e raros e 
que todos os desejos que você fez jogando as 
moedinhas no Buda lá embaixo se realizem.



Beijos!
Tati

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Feliz ano novo.

Olho ao redor e tento encontrar coisas e sentimentos velhos,
para, assim, abandoná-los nos dias que já se passaram.
Troco sete ondas por um bolo;
Fogos de artifício, por uma vela;
Faço pedidos como se já não os tivesse feito
e crio expectativas como se já não as tivesse criado.
A pouco se iniciou a expectativa para brindar meu ano novo,
como se isso significasse mais alguma coisa que não seja mais um ano.
De qualquer forma, é reveillon...
Cheers!
Não há quem possa lutar contra isso.
Eles estão certos quando dizem que tudo é uma questão de tempo.
Você coloca a vida num copo, faz um brinde;
Bebe e pede uma outra rodada.
Afinal, é ano novo - depois de um dia após o outro.
De qualquer forma, é novo - mesmo que nem tudo imaginado tenha mudado.
Mas se é ano novo, que seja feliz.
Cheers!


Todo mundo tem seu próprio reveillon!
Hoje é o meu e eu acordei feliz e de folga.
Preciso dizer mais alguma coisa?
=D

terça-feira, 8 de maio de 2012

Diário do Palhaço - que volume eu estava mesmo?

Acho que já faz três semanas que não escrevo nada sobre minha experiência no mundo Clown. Não escrevi nada sobre a aula do amor onde tivemos que exercer esse sentimento ridiculamente, da forma como, na verdade, ele é. Aquela coisa boba, com linguagem própria e sentimento a flor da pele. Depois não me recordo o tema e depois foi feriado. Foi assim. Enfim, eu estou de volta e agora são quase meia noite. Não sei que tanto me inspiro essa hora quando ainda estou acordada. Deve ser a transição. Transição de um dia pro outro. Transição. Apenas transição. 

Hoje tivemos aula com um convidado. O Zé foi lá pra ensinar um pouquinho sobre manipulação de objetos. Ele é assim, pega qualquer coisa e dá vida. Qualquer coisa mesmo. Eu quase acreditei que a blusa dele era uma coisa com vida. Ele também disse um pouco sobre a ilusão, de como gostamos de ser iludidos. Da imaginação ilimitada que existe na criança que mora na gente. Da maneira que o artista gosta de ilusão quando olha para uma coisa e enxerga tantas outras. E não é verdade? Engraçado como as coisas abordadas na oficina se aplicam no nosso dia a dia. É amor, máscara, ilusão, graça... É tanta coisa. Bom mesmo é quando a gente consegue fazer uma coisa de cada vez, respirando.

Toda segunda eu chego assim... querendo oficina de Clown pro resto da vida... Só pra descobrir mais coisas, aprender mais coisas e tentar mais vezes. Isso definitivamente entra pra minha lista de coisas delícias.

É isso.
=D

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A montanha.


Estou lendo um livro que, ás vezes me deixa em outra altitude. “No Teto do Mundo” conta sobre algumas expedições de Rodrigo Raineri e seus parceiros, entre eles, Vitor Negrete. Por ser uma história real, me sensibiliza ainda mais. Quando vejo, estou me colocando no lugar deles, naquelas situações e me perguntando o que eu faria. Difícil saber. Quase sempre que isso acontece, opto por não chegar a uma conclusão.

Ontem li o trecho em que Vitor Negrete morre dentro da barraca, na volta depois de ter conquistado ao cume no dia 18 de maio de 2006. A morte nunca será uma coisa que iremos digerir facilmente, já até escrevi sobre isso aqui, mas depois de ter lamentado em cada palavra que descrevia esse momento e que eu lia, eu comecei a me sentir feliz pelo Vitor. Sabe por que? Porque ele viveu com coragem. Porque ele alcançou o que queria. Melhor morrer fazendo algo grandioso do que viver durante anos cheios de medo, medo de altura, medo da água, medo de gente, medo de andar sozinho, medo de fazer uma trilha, de andar de barco, de saltar na tirolesa, tantos medos bobos que só servem de desculpa para nos limitarmos ou ficarmos na zona de conforto... 

Não que tenhamos de ser destemidos, pois o medo é importante para que possamos equilibrar nossa relação homem-mundo e para manter nossa confiança numa zona de realidade. Mas tem tanta gente por ai com uma descrença tão grande em si mesmo. Tanta gente por ai que diz acreditar em Deus, que tudo acontece na hora certa e blá blá blá, mas que não se arrisca em nada, com medo. Gente que quer colocar o próprio medo em você, baseado em experiências imaginárias ou de outras pessoas, dizendo “olha é perigoso”, “como você tem coragem?”, “cuidado”, “ouvi dizer que fulano foi e se deu mal...”. A preocupação se confunde com o medo e um ligeiro egoísmo em não deixar as pessoas das quais sentimos apreço não se arriscarem. Precisamos ficar atentos.

Acredito que querer o bem, não é impedir o outro de alcançar algo, por mais alto que for. Todos os anos, alpinistas tentam alcançar o cume de diversas montanhas pelo mundo, muitos devem estar escalando ou dormindo num acampamento base enquanto você lê esse texto. Uma aventura que desafia os extremos do corpo e da mente. É preciso ter uma relação muito boa e verdadeira consigo mesmo. Por isso, fiquei feliz pelo Vitor, por entre tantas escolhas, ele ter optado em chegar onde queria. Se poderia ter sido diferente? Se ele poderia ter voltado para casa? Eu tentei pensar nisso e preferi parar, preferi só admirar a tragetória, a coragem e a conquista.

Cada um sabe o que é seu próprio Everest. Não cabe a nós, julgarmos as escolhas alheias, baseados em nossos medos.



*