segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Uma vida para chamar de sua.

Quem nunca bisbilhotou a vida alheia que atire a primeira pedra. Não sejamos hipócritas, mas também não sejamos doentes. É saudável ver fotos dos amigos, da família, da festinha que rolou no fim de semana. Afinal, está ali na timeline, não é mesmo? Uma espiadinha, como diria Pedro Bial, não faz mal a ninguém. Mas, sinceramente, não entendo essas pessoas que perdem minutos ou, quem sabe, horas do próprio dia procurando (procurando mesmo! Vai lá, digita nome, clica no link, vê conversas inteiras, blá blá blá...) por uma novidade alheia, só para traçar um plano de suposições e jogar uma praguinha. Isso não é sacanagem e uma puta falta do que fazer? Que tal transferir toda essa curiosidade para um aprendizado novo? Que tal gostar mais de si mesmo(a) e dar mais importância para a própria vida? Enfim, são só conselhos...

Meses atrás, uma pessoa teve a ousadia de dizer que eu não estava tão feliz, afinal, ele acompanhava constantemente meu blog e tinha chegado a essa conclusão. Surpresa! Eu estava (e continuo) numa fase super feliz da minha vida, tão de bem comigo mesma que expor isso ou não, não faria diferença alguma. Afinal, as pessoas que realmente me importam e que se importam comigo estão ao meu lado e não presas numa página online.

Já a pessoa que me acompanhava tanto pelo blog quanto pelas redes sociais acabou se entregando nessa suposição fracassada. Estava ali, implorando por uma atençãozinha, tentando fazer parte de algo do qual não cabia mais, esperando que eu fosse dar uma significância para aquilo tanto quanto ele dava, pedindo para que eu olhasse a vida dele tanto quanto ele olhava a minha (ou achava que olhava...). Se ele voltasse a atenção dele para si mesmo, descobriria que estava sendo "meio" patético (Sim, se todos os stalkers voltassem a atenção para as próprias vidas, ficariam assustados e se perguntando: "O que estou ganhando com isso?").

"Vá.

Fale mal do mundo enquanto eu faço versos.

Investigue a vida alheia. Faça calúnias.

Invente histórias em que você não está.

Vá!

Mas vá logo!

O que te espera de si? Flores, perdão...

Ou um sentimento barato pra se enfeitar?


Vá.

Fale mal de mim enquanto eu faço versos.

Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte.

Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz.

Meu coração tão leve - daqui - te sente:

Tanta falta de amor por si mesmo, porquê?"

(Fernanda Mello)


Levo uma vida normal. Não faço novela, não saio em revistas, nem dou declarações bombásticas. Não acho que tenha muita gente acompanhando minha vida. Escrevo esse post simplesmente porque prezo por um mundo onde as pessoas se superem, sigam em frente, com próprias novidades e uma vida para chamar de sua.

O tempo passa muito rápido para vivermos vidas que não são nossas e das quais não fazemos mais parte.


Por um mundo onde as pessoas se valorizem mais!


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